Com a entrada em 2020 chegam também as resoluções para cumprir no novo ano. E porque não começar a fazê-lo já no arranque do ano? Seguem-se cinco sugestões, todas elas para cumprir, por estes dias, no Edifício Histórico da Reitoria da Universidade do Porto (Praça Gomes Teixeira)…

Um encontro com a história

As primeiras propostas convidam à descoberta das renovadas instalações do polo central do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto (MHNC-UP). O mesmo palco que a National Geographic escolheu para comemorar os seus 130 anos de existência. O resultado é “Um Século e Tanto”, lema e título da exposição que, desde outubro passado, desafia os visitantes a percorrer toda a história da organização através de mais de 300 fotografias, mapas e outros objetos provenientes do museu da National Geographic Society, em Washington (EUA), e de várias instituições portuguesas.

Ao longo das nove secções da exposição, é então possível recordar momentos célebres como a chegada de Robert Peary ao Polo Norte, em 1909, a descoberta de Machu Picchu, o toque de Jane Goodall a um chimpanzé recém-nascido, ou as viagens do oceanógrafo Jacques-Yves Cousteau a bordo do seu Calypso. A estes junta-se uma seleção de 200 capas da revista National Geographic, incluindo a primeira fotografia de natureza publicada naquela publicação.

“Um Século e Tanto: 130 anos da National Geographic” reúne mais de 300 fotografias, mapas e outros objetos provenientes da National Geographic Society e de instituições portuguesas. (Foto: Egidio Santos/U.Porto)

Mas uma visita ao “novo” MHNC-UP não ficará completa sem um “encontro imediato” com múmias, armas, ou máscaras de guerra provenientes das primeiras civilizações humanas… Estas são apenas algumas das mais de 250 peças arqueológicas e etnográficas que ajudam a contar a história das “Culturas e Geografias”, a exposição inaugurada em dezembro, no âmbito das comemorações do centenário da Faculdade de Letras da U.Porto (FLUP)

Trata-se, pois, de uma oportunidade única para admirar um acervo único em Portugal e que surge agora reunido pela primeira vez em oito décadas. Organizada pela FLUP e pelo MHNC-UP , a exposição conta ainda com a parceria do Museu Nacional de Soares dos Reis.

Ambas as exposições – “Um Século e Tanto” e “Culturas e Geografias” – podem ser visitadas até 19 de julho, de terça-feira a domingo, das 10h00 às 18h00 (último acesso às 17h30). A entrada faz-se pelo Jardim da Cordoaria.

O Presidente da República já visitou a exposição “Culturas e Geografias”. (Foto: Egidio Santos/U.Porto)

Parabéns Tabela Periódica!

E porque não há duas sem três… de 2019 ficam igualmente marcado pelas celebrações dos 150 anos sobre a formação inicial da tabela periódica, pelo físico russo Dmitri Mendeleev. E são os 118 elementos químico “mágicos” que inspiram a “Tabela Periódica: para além dos 150 anos, título da terceira exposição patente por estes dias no polo central do MHNC-UP.

Como se escreve o símbolo químico do ouro em QR-Code ou em linguagem Minecraft? Como construir uma tabela periódica recorrendo a cortiça, madeira, rolos de algodão ou garrafões de plástico? São apenas alguns dos enigmas respondidos numa “fórmula” a ser desvendada até 29 de março, no 4.º piso da Reitoria da U.Porto. A exposição pode ser visitada de terça-feira a domingodas 10h00 às 18h00.

Tabela periódica feita em selos, com referência a várias figuras e momentos históricos da Química. (Foto: U.Porto)

Uma Casa que é de todos

O ano que terminou ficou também marcado pelo nascimento de um novo espaço cultural em plena Reitoria da U.Porto: a Casa Comum. A inauguração aconteceu em abril e, desde então, a Casa tem estado aberta à população através de um programa regular – e gratuito – de concertos, performances, exposições, sessões de cinema, workshops, entre outros eventos.

A Casa Comum foi inaugurada em abril de 2019, à entrada do edifício da Reitoria. (Foto: Egidio Santos/U.Porto)

E é também pela Casa Comum que passam as duas últimas propostas deste “cartaz” de ano novo. A começar pela exposição que traz à Galeria II o trabalho da fotógrafa Clara Ramalhão. Em “A Voz da forma”, a médica e neurorradiologista “procura, pela imagem, unificar numa mesma voz a expressão da forma humana e a forma da natureza em ‘estado vivo'”. Para confirmar até 3 de abril, de segunda a sexta-feira, entre as 10h00 e as 18h00.

E porque nem só de exposições vive a “casa mãe” da U.Porto, a última sugestão transporta-nos das grandes salas de concerto da Viena de finais do século XVIII e início do século XIX, para o Auditório da Casa Comum. É ali que se vão assinalar, de 6 a 9 de janeiro, os 250 anos de Ludwig Van Beethoven (1770-1827). O programa, organizado pela U.Porto e pelo Porto Pianofest, inclui concertos, debates, entre outros eventos dedicados ao compositor alemão.

Todos os eventos integrados neste ciclo têm início às 18h30 e entrada livre.