O arquiteto Eduardo Souto de Moura, professor da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP) até 2019 e vencedor do Prémio Pritzker em 2011, foi distinguido com as insígnias de Comandante das Artes e das Letras, pela sua “notável capacidade inventiva e o seu génio técnico ao serviço de vários projetos em Portugal, em França e também no mundo”.

Trata-se da mais alta distinção atribuída pelo Ministério da Cultura francês, criada em 1957, que reconhece “personalidades que se tenham distinguido pelas suas criações artísticas ou literárias ou pela contribuição que tenham dado para a influência das artes e das letras em França e no mundo”.

As insígnias de “Commandeur des Arts et des Letres” a Eduardo Souto de Moura foram entregues pela embaixadora de França em Portugal, Hélène Farnaud-Defromont, numa cerimónia realizada no passado dia 30 de janeiro, no edifício da embaixada, em Lisboa.

Sobre Eduardo Souto de Moura

Natural do Porto (25 de julho de 1952), Eduardo Souto de Moura diplomou-se em Arquitetura pela ESBAP – Escola Superior de Belas Artes do Porto (antecessora das atuais faculdades de Arquitetura e de Belas Artes da U.Porto) em 1980.

Ao longo de mais de 30 anos de carreira, assinou projetos como os do mercado municipal de Braga (1980-84), a ponte Dell Accademia, em Veneza, Itália (1985), o Centro Português de Fotografia – Edifício da Cadeia da Relação do Porto (1997-2001), a Casa do Cinema Manoel de Oliveira (1998-2003), parte da rede de metro do Porto (1997) ou o Estádio Municipal de Braga (2000-2003). Paralelamente, desenvolve uma vasta atividade académica em Portugal e no estrangeiro.

Em 2011, foi distinguido com o Prémio Pritzker de Arquitetura, o mais importante galardão do mundo na área. Entre as inúmeras distinções que arrecadou ao longo da carreira, incluem-se ainda o Prémio Wolf (2012), o Prémio Carreira da Bienal Ibero-americana de Arquitectura e Urbanismo (2016), o Leão de Ouro na Bienal de Veneza (2018), o Prémio Arnold W. Brunner, da Academia Americana de Artes e Letras (2019) e a Medalha de Ouro do Círculo de Bellas Artes de Madrid (2923).