Eduardo Souto de Moura, arquiteto e professor catedrático da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP) até 2019, vai receber a Medalha de Ouro do Círculo de Bellas Artes de Madrid, um dos mais importantes centros culturais a nível europeu. 

A entrega desta medalha ao arquiteto português, a maior distinção concedida pelo Círculo, representa o reconhecimento do mundo da cultura e das artes a uma trajetória consistente e significativa que tem contribuído para o desenvolvimento da humanidade através da arquitetura.

De acordo com o CBA, “conceder a Medalha de Ouro do Círculo de Belas Artes a Eduardo Souto de Moura não é apenas acrescentar mais um prémio ao reconhecimento internacional do arquiteto português, detentor dos prémios Pritzker (2011) e Wolf (2013), mas é também manifestar o reconhecimento do mundo da cultura e das artes a uma trajetória e a uma obra que alcançam a dimensão da poesia a partir da aceitação da exigência técnica da construção”.

Sobre Eduardo Souto de Moura

Natural do Porto (25 de Julho de 1952), Eduardo Souto de Moura diplomou-se em Arquitetura pela ESBAP – Escola Superior de Belas Artes do Porto (antecessora das atuais faculdades de Arquitetura e de Belas Artes da U.Porto) em 1980.

Ao longo de mais de 30 anos de carreira, assinou projetos como os do mercado municipal de Braga (1980-84), a ponte Dell Accademia, em Veneza, Itália (1985), o Centro Português de Fotografia – Edifício da Cadeia da Relação do Porto (1997-2001), a Casa do Cinema Manoel de Oliveira (1998-2003), parte da rede de metro do Porto (1997) ou o Estádio Municipal de Braga (2000-2003). Paralelamente, desenvolve uma vasta atividade académica em Portugal e no estrangeiro.

Em 2011, foi distinguido com o Prémio Pritzker de Arquitetura, o mais importante galardão do mundo na área. Entre as inúmeras distinções que arrecadou ao longo da carreira, incluem-se ainda o Prémio Wolf (2012), o Prémio Carreira da Bienal Ibero-americana de Arquitectura e Urbanismo (2016), o Leão de Ouro na Bienal de Veneza (2018) e o Prémio Arnold W. Brunner, da Academia Americana de Artes e Letras (2019).