Eduardo Souto de Moura venceu o Leão de Ouro para o melhor participante na exposição Freespace/Espaço Livre da Bienal de Veneza (Foto: Francesco Galli).

O arquiteto Eduardo Souto de Moura, professor catedrático convidado da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP), foi distinguido na 16.ª edição da Bienal de Arquitectura de Veneza com a máxima distinção que um arquiteto pode receber naquele certame: o Leão de Ouro para o melhor participante na exposição internacional, este ano dedicada ao tema Freespace/Espaço Livre.

O projeto levado a Veneza pelo arquiteto portuense foi o do complexo turístico de São Lourenço do Barrocal, resultado da recuperação de um grande monte alentejano e da sua posterior transformação num hotel localizado nos arredores de Monsaraz. Um projeto que acabaria por recolher a preferência do júri, que o destacou de entre os 71 participantes da exposição comissariada este ano pelas arquitetas irlandesas Yvonne Farrell e Shelley McNamara (Grafton Architects), e na qual alinham mais mais dois arquitetos portugueses: o incontornável Álvaro Siza, Professor Catedrático Jubilado da FAUPe Inês Lobo.

Composto pelo arquiteto norte-americano Frank Barkow, pela arquiteta chilena Sofia von Ellrichshausen, pela curadora australiana Kate Goodwin, pela arquiteta Patricia Patkau e pelo arquiteto e crítico Pier Paolo Tamburelli, o júri não poupou elogios à obra de Souto de Moura, destacando a “precisão em colocar lado a lado um par de fotografias aéreas que revela o essencial da relação entre arquitetura, tempo e espaço”.

Dos 71 participantes da exposição, onde também estão Álvaro Siza e Inês Lobo, o júri distinguiu o complexo turístico de São Lourenço do Barrocal (Foto: Francesco Galli).

Na edição deste anoda Bienal de Veneza, o vencedor do prémio Pritzker 2011 participa ainda na exposição que representa Portugal no evento: Public Without Rhetoric, sob curadoria de Nuno Brandão Costa e Sérgio Mah. Pelo meio, dá uma perninha no pavilhão nacional da Santa Sé, enquanto dez arquitetos internacionais para construírem uma capela na ilha de San Giorgio Maggiore.

O Leão de Ouro para melhor participação nacional foi para a Suíça pelo projeto “Svizzera 240: House Tour”, ao passo que a participação da Grã Bretanha recebeu uma menção Honrosa. O Leão de Prata foi atribuído a Jan de Vylder, Inge Vinck, Jo Taillieu. Andra Matin e Rahul Mehrotr receberam uma Menção Honrosa. O arquitecto, historiador, crítico e professor Kenneth Frampton foi distinguido pela Bienal de Veneza com o Leão de Ouro, pelo seu percurso profissional.

O arquiteto Álvaro Siza já foi distinguido duas vezes em Veneza, uma vez com o Leão de Ouro pela carreira, em 2002, e em 2012, com o mesmo prémio agora atribuído a Souto de Moura.

Mais informações em www.labiennale.org