O projeto de reabilitação do Mercado do Bolhão e o Terminal Intermodal de Campanhã, projetos desenvolvidos por, respetivamente, Nuno Valentim e Nuno Brandão Costa, docentes da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP), foram recentemente distinguidos com mais dois prémios na área da arquitetura.
O projeto de reabilitação do Mercado do Bolhão foi distinguido com o Prémio do Urban Land Institute, que visa reconhecer a excelência nas práticas de uso do solo, nos setores privado, público e sem fins lucrativos.
Depois de ser reconhecido pelo Urban Land Institute a nível europeu, o trabalho de reabilitação foi agora distinguido como um dos “seis projetos mais impressionantes do mundo” nos Prémios Globais de Excelência (Global Awards for Excellence) do instituto.
Os projetos foram avaliados por um júri composto por especialistas em imóveis e uso do solo, em áreas como o desenvolvimento, finanças, planeamento, desenho urbano, arquitetura e arquitetura paisagística.
O Urban Land Institute procura, desde 1979, reconhecer e premiar a excelência nas práticas de uso do solo, nos setores privado, público e sem fins lucrativos, que comprovem ser excelentes exemplos ambientais.
Recorde-se que o projeto de reabilitação do Mercado do Bolhão já venceu diversos prémios, entre os quais o Prémio Nacional Reabilitação Urbana 2023 (com distinção nas áreas de melhor intervenção de uso comercial e de serviços, melhor reabilitação estrutural e melhor intervenção na cidade do Porto), SIL Imobiliário (Melhor Reabilitação Urbana/Comércio, Serviços e Escritórios), CONSTRUIR (Melhor Projeto de Reabilitação e Melhor Espaço de Comércio e Serviços), o prémio prestígio dos Prémios Imobiliário, e, ainda, o Prémio na vertente de reabilitação e reconstrução – comércio.
Já o Terminal Intermodal de Campanhã, de Nuno Brandão Costa, venceu a edição deste ano do Grande Prémio Enor de arquitetura, tendo sido considerada a melhor obra portuguesa em competição.
O júri, presidido pela arquiteta Inês Lobo e constituído pelos arquitetos Carlos Pita Abad, Francisco Vieira de Campos, Anatxu Zabalbeascoa, e Carlos Quintáns, considerou o terminal “um projeto de infraestrutura que aborda a complexidade morfológica em que se insere, apresentando-se como um primeiro passo para aproximar as partes dispersas”.
O júri do galardão ibérico sublinha ainda que o “projeto é um gesto territorial que organiza e prefigura o que pode acontecer a partir deste momento”, destacando o parque urbano e a conexão com cada um dos edifícios necessários realizados e os que já existem.
O Grande Prémio Enor de arquitetura, já na sua nona edição, foi criado com a intenção de premiar e contribuir para a divulgação da melhor arquitetura que se realiza em Portugal e Espanha e que, atualmente, está perfeitamente consolidado como um dos prémios de arquitetura de referência na Península Ibérica. Como em todas as edições anteriores, este prémio será compilado num livro com todos os trabalhos dos vencedores e finalistas.
Depois de ter sido distinguido com o Prémio AICA de Arquitetura 2021, “como um dos mais relevantes projetos públicos em curso no Porto”, o Terminal Intermodal de Campanhã foi considerado o “Melhor Projeto Público” de Arquitetura pelos leitores do jornal CONSTRUIR.
Já este ano, o projeto assinado por Nuno Brandão Costa conquistou o prémio de ‘Melhor Empreendimento Imobiliário – Espaços Públicos’ e venceu na categoria de Projeto de Impacto Económico, Social e Ambiental, dos Prémios Imobiliário, uma iniciativa da SIC Notícias e do semanário Expresso.