Quando lhe perguntam o “porquê” de ter escolhido o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto, a resposta mais honesta que dá é “intuição!” E foi com essa intuição tão certeira que Mariana Almeida aprendeu a fazer parte do ICBAS, onde mais do que ser estudante, também ser humano é essencial.

A frequentar o 5.º ano do Mestrado Integrado em Medicina do ICBAS, Mariana Almeida salienta que foi no seu “primeiro dia no ensino superior, em setembro de 2019, que partilharam comigo a história e valores das biomédicas”. Soube, desde logo, que fosse qual fosse o percurso que fizesse no ICBAS, nunca podia ser feito somente enquanto Escola de Medicina, mas acima de tudo como Escola de Vida!

Apresenta-se como “uma cidadã consciente e com espírito crítico”, que mais do que apontar os problemas “sabe propor soluções para que possa potenciar a evolução da faculdade e da universidade”.

Desde o primeiro dia que lhe mostraram que não há limites para o que podemos almejar e, foi com esta determinação que soube “quem eu podia ser, e que ia muito mais além do que quem eu achava que era”, sempre com o apoio da Família com quem gosta de passar os seus poucos tempos livres.

Esta gondomarense não demorou muito para conhecer e se apaixonar pela “vida académica”, tendo feito parte da Tuna Feminina de Biomédicas nos seus primeiros três anos de curso e da Comissão de Curso do Mestrado Integrado em Medicina 2019-2025, nos seus primeiros dois anos.

Foi em outubro de 2020 que deu início a “uma das experiências mais transformadoras no meu percurso académico”, quando passou a integrar a Direção da Associação de Estudantes do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto (AEICBAS). Atualmente, exerce funções enquanto Presidente da Direção pelo segundo ano consecutivo, para além de ser também vogal da Direção da Federação Académica do Porto para o mandato de 2024.

Já no início deste ano, passou a integrar o Conselho Geral da U.Porto, sendo uma das quatro vozes estudantis que compõem aquele que é um dos mais importantes órgãos de governo da Universidade.

Para a futura médica, “o objetivo é garantir que todas estas aprendizagens se refletem no meu percurso profissional enquanto futura médica e acima de tudo no meu percurso pessoal enquanto ser humano”.

(Foto: ICBAS)

Naturalidade? Gondomar

Idade? 22 anos

– De que mais gosta na Universidade do Porto?

Para além da enorme diversidade de oportunidades que oferece à comunidade estudantil no âmbito do envolvimento estudantil extracurricular, a localização na cidade. Estudar na Universidade do Porto, e particularmente no ICBAS, é viver e sentir a invicta e com um sentimento verdadeiramente único.

– De que menos gosta na Universidade do Porto?

Da dificuldade e resistência identificada em muitos docentes e trabalhadores em adaptar o ensino e os serviços aos tempos da atualidade, realmente usufruindo do potencial que os recursos tecnológicos e de inovação têm para nos oferecer. Se se mudam os tempos, devem mudar-se as vontades, não só na teoria, mas também na prática.

– Uma ideia para melhorar a Universidade do Porto?

Potenciar a representação estudantil nos Órgãos de Gestão, nomeadamente a garantia da presença de um membro estudante no Conselho Executivo/Diretivo de todas as Unidades Orgânicas, com direito a voto.

– Como prefere passar os tempos livres?

A verdade é que não são muitos, mas sem dúvida a prioridade é estar com a minha família e conseguir passar tempo de qualidade com eles.

– Um livro preferido?

Neste momento, por ter sido um dos mais marcantes no meu percurso académico: “A história dos homens que inventaram um sonho”, que revisita o processo de criação do ICBAS e que em muito me inspirou naquela que deve ser a postura enquanto estudantes de biomédicas.

– Um disco/músico preferido?

The Beatles – Abbey Road

– Um prato preferido?

Francesinha, como não podia falhar 🙂

– Um filme preferido?

Infelizmente o cinema ainda é uma das áreas da cultura que tenho muito por explorar, mas dada a época de celebração de 50 anos da democracia, destaco Capitães de Abril.

– Uma viagem de sonho ?

Autocaravana pela costa vicentina.

– Um objetivo de vida?

Ter uma rotina/trabalho que me desafie constantemente a repensar o que já dou por certo e que me relembre de que há sempre mais algo a aprender e com quem aprender.

– Uma inspiração? (pessoa, livro, situação…)

Os meus pais. Corações de ouro e trabalhadores dedicados. Mostraram-me desde cedo que não havia limites na pessoa que eu podia ser e nos sonhos que podia ter.

– O projeto da sua vida…

Honestamente, não acho que tenha um único projeto da minha vida em mente. Tenho muitas ideias, muitas ambições, em grande parte resultado de ser estudante no ICBAS e na Academia do Porto. Mas a base de qualquer projeto que terei ao longo da minha vida será sem dúvida garantir a proximidade com a comunidade e a possibilidade de criar um impacto verdadeiro no seu dia-a-dia e no seu bem-estar.

– Uma ideia para promover uma maior ligação entre a Universidade e a comunidade?

Estabelecimento de protocolos e parcerias com mais entidades de comércio e de voluntariado local, para que a Academia se possa interligar com mais cantos característicos e únicos da Cidade do Porto.

– o que representa para si esta representação no Conselho Geral da U. Porto?

Representa uma responsabilidade e dever acrescido de levar mais longe a Universidade que tenho tanto orgulho em poder fazer parte, através da transmissão da visão da comunidade estudantil sobre os mais diversos assuntos relativamente à gestão da Universidade.

– O que espera poder fazer em prol dos estudantes na U. Porto?

O principal objetivo é sem dúvida garantir que é feita uma sensibilização relativamente às necessidades da comunidade estudantil, que não poucas as vezes são assumidas como não prioritárias.