Nuno Brandão Costa, arquiteto, professor e investigador da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP), foi distinguido com o prémio da Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA) para Arquitetura 2021 pela obra do Terminal Intermodal de Campanhã, no Porto, cujos edifícios foram concluídos em 2021.

Atribuído em parceria com o Ministério da Cultura e a Fundação Millennium bcp, o Prémio AICA/MC/Millennium bcp de Arquitetura foi atribuído a Nuno Brandão Costa, por unanimidade, pelo júri presidido por Catarina Rosendo e composto por Luísa Soares de Oliveira, Paulo Pires do Vale, Inês Lobo e Rui Mendes.

Nas palavras do júri, “a obra [Terminal Intermodal de Campanhã] confirma o percurso de excelência do autor e constitui um marco assinalável na arquitetura portuguesa atual, pelo modo como privilegia os novos sistemas de mobilidade urbana e a consequente regeneração de uma área da cidade afetada, desde o século XIX, pela construção da estrutura ferroviária ainda existente e em funcionamento”.

Ainda de acordo com o júri, “trata-se de um dos mais relevantes projetos públicos em curso no Porto, articulando de forma exemplar infraestrutura, topografia e espaço público numa cidade que vai de novo ao encontro do território para a introdução dos sistemas naturais no seu desenho”.

Tendo conquistado o concurso público de conceção do projeto em 2017, Nuno Brandão da Costa viu concluída, em 2021, a parte da empreitada referente aos edifícios do Terminal Intermodal de Campanhã, encontrando-se os espaços exteriores em fase de finalização. O projeto promete revolucionar a mobilidade na cidade do Porto com a criação de um grande interface comum para autocarros citadinos e regionais, comboios urbanos e de longo curso, metropolitano e táxi.

Sobre Nuno Brandão Costa

Nuno Brandão Costa formou-se na FAUP em 1994, onde se doutorou em 2013. Docente na faculdade desde 1999, é atualmente professor auxiliar de Projeto 4, unidade curricular que leciona desde 2001. É ainda coordenador, com José Miguel Rodrigues, da opção E “Teoria e Práticas de Projeto” do Programa de Doutoramento em Arquitetura da FAUP.

Entre as inúmeras distinções que somou ao longo do seu percurso incluemse as nomeações para o prémio “Mies Van der Rohe” (2008), o BSI – Swiss Architectural Award (2012) e o Prémio FAD (2017). Venceu ainda o Prémio revelação e mérito “Jornal Expresso – SIC”, em 2004, o Prémio Secil, em 2008, e o Prémio Vale da Gândara, em 2011.

Com Sérgio Mah, foi responsável pela curadoria da Representação Oficial Portuguesa na 16.ª Bienal de Arquitetura de Veneza, em 2018.

Sobre os Prémios AICA

Atribuído em parceria com o Ministério da Cultura e a Fundação Millennium bcp, o Prémio AICA corresponde a um valor pecuniário de dez mil euros para cada modalidade.

Os prémios de Artes Visuais e Arquitetura são atribuídos a duas personalidades das respetivas áreas, cujo percurso profissional seja considerado relevante pela crítica e cujo trabalho tenha estado particularmente em foco, no ano a que o Prémio diz respeito.

Nesta edição de 2021, o mesmo júri determinou ainda, também por unanimidade, atribuir o Prémio de Artes Visuais ao escultor Rui Chafes, pela sua exposição individual “Nada Existe”, realizada na Galeria Filomena Soares, em Lisboa, em 2021. Os Prémios serão entregues aos agraciados em cerimónia a realizar, em data a divulgar.

Em edições anteriores, foram distinguidos vários docentes e antigos estudantes da FAUP. A lista completa pode ser consultada no site da AICA.