A Casa Comum (à Reitoria) da Universidade do Porto vai ser um dos palcos da quinta edição do «Porto Femme», o Festival Internacional de Cinema que partilha, divulga, promove e debate o trabalho realizado por mulheres da sétima arte.

A decorrer de 12 a 17 de setembro, o «Porto Femme» 2022 é uma oportunidade para testemunhar e refletir sobre temáticas sociais e políticas que afetam mulheres de todo o mundo, bem como as lutas que por elas são travadas, mas não só. Há todo um programa que abrange diferentes temáticas e linguagens e que incluiu sessões competitivas, mostras, homenagens, workshops, debates, sessões de Q&A, exposições, concertos, entre outros.

A estreia do evento na Casa Comum está marcada para 13 de setembro, às 17h30, com uma sessão integrada na competição temática “Bodies”. Em exibição vai estar o documentário belga Prism de Rosine Mbakam, Eléonore Yameogo e An van. Dienderen.

PRISM, de Rosine Mbakam e Eléonore Yameogo e An van. Dienderen | 80’ | Doc | Bélgica. (Foto: DR)

Para dia será o mote para a conversa que vai juntar Patrícia Nogueira, Patrícia Sequeira Brás e Salomé Lopes Coelho, com moderação a cargo de Carla Cerqueira. O tema? A representação dos “Corpos” no cinema. Vai falar-se de direitos sobre o próprio corpo, tráfico humano, violências e abusos, identificação de género, positivismo corporal e afirmações empoderadas do Ser Mulher.

No dia 15 de setembro, às 17h30, a conversa será entre Ana Sofia Pereira (moderadora) e a realizadora ucraniana Valeriya Golovina. Antes disso, será exibido o seu filme UKRAINE[NE]POKIRNA. TRILOGY.

Dia 16 de setembro, às 18h30, a exibição dos filmes In the silence of an abyssale sea e She’s “The Protagonist” será o ponto de partida para uma conversa sobre “A Representação Da Mulher No Cinema”, protagonizada por Paula Miranda e Fernanda Polacow, da Mutim (associação de mulheres que trabalham no cinema e audiovisual em Portugal). A moderação ficará com Ana Sofia Pereira.

She’s the Protagonist, de Sarah Carlot Jabe | 14’ | Fic | Bélgica. (Foto: DR)

O ciclo fecha no dia 16 de setembro, às 17h30, com uma homenagem à atriz Teresa Madruga. Natural dos Açores, frequentou o Curso Superior da Escola de Teatro, em 1976 tem a sua estreia em palco e, no mesmo ano, começou a fazer cinema. Trabalhou com diversos encenadores e recebeu o Prémio Garret, com o Rei Bamba (Teatro da Cornucópia).

Em cinema, Teresa Madruga trabalhou com diversos realizadores, entre eles Manuel de Oliveira e António Pedro Vasconcelos. Foi premiada em Dans La Ville Blanche, de Alain Tanner. Acumula mais de 100 trabalhos em Cinema e Televisão, tendo trabalhado também na dobragem de mais de 80 filmes de desenhos animados. 

Para além da Casa Comum / Reitoria da U.Porto, a edição 2022 do «Porto Femme» vai passar por vários outros locais da cidade. Há todo um programa que abrange diferentes temáticas e linguagens e que incluiu sessões competitivas, mostras, homenagens, workshops, debates, sessões de Q&A, exposições, concertos, entre outros.

No total, o «Porto Femme» 2022 vai exibir exibe uma seleção de 118 filmes, oriundos de 31 países, 11 filmes em estreia internacional e 53 estreia nacional. A programação completa pode ser consultada na página do Festival.