A valorização e a produção de produtos marinhos locais de elevado valor acrescentado e inovadores são os objetivos principais do novo projeto de investigação científica do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Porto (CIIMAR), designado por INSEAFOOD.
O INSEAFOOD reúne uma equipa multidisciplinar de investigadores e empresas que vão explorar novas técnicas de produção de espécies economicamente importantes, tais como a ostra do Pacífico e os peixes ósseos (robalo), que desempenham um papel importante no setor da aquicultura Português. O projeto irá também monitorizar as populações de algas marinhas e ouriços-do-mar natural (ouriço do mar Europeu) avaliando o seu potencial económico, com vista a otimização da qualidade das gónadas dos ouriço-do-mar criados em cativeiro.
O projeto pretende ainda promover a proteção e gestão dos recursos naturais para uma exploração sustentável do mar; melhorar o desempenho dos sistemas de produção através de uma abordagem orientada para o mercado; desenvolver sistemas de aquacultura sustentável para as espécies produzidas e assegurar a segurança e qualidade nutricional dos produtos marinhos produzidos. Serão ainda realizadas ações de formação com vista a implementação de boas práticas para a produção e protecção destes espécies, quer com diferentes stakeholders da economia do mar e setor agroalimentar, quer com o público em geral.
O primeiro workshop do projeto decorreu no passado dia 2 de maio e contou com cerca de 55 participantes incluindo investigadores de diversas áreas e empresas e entidades como o Fórum Oceano; a AICEP PortugalGlobal; a RiaSearch; a SORGAL; a Bivalvia-Mariscos da Formosa, a VIOR, a Associação Portuguesa de Aquacultores; Conservas Portugal Norte, a APHORT e ainda a Escola de Hotelaria do Porto.
O INSEAFOOD é uma das linhas de investigação do projeto INNOVMAR – Innovation and Sustainability in the Management and Exploitation of Marine Resources financiado pelo Programa Operacional Regional do Norte (NORTE2020) através Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e terá a duração de três anos.