Foi numa sessão descontraída, onde não faltaram as recordações do passado e a perspetiva dos desafios para o futuro, que a Faculdade de Engenharia (FEUP) e o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto comemoraram, no passado dia 11 de julho, os 25 anos do Mestrado de Engenharia Biomédica (MEB) e os 15 anos do Mestrado Integrado de Bioengenharia (MIB).
Reunindo os fundadores e diretores dos cursos, mas também atuais e antigos estudantes, a sessão abriu com as intervenções dos professores e diretores do MIB e MEB, Maria da Conceição Rangel, Fernando Jorge Monteiro e José Machado da Silva, que realçaram o esforço dos fundadores em desenvolver um modelo verdadeiramente transdisciplinar, que tem vindo a ser muito procurado por estudantes de excelência.
Foi precisamente sobre os estudantes de excelência que procuram a área da bioengenharia e da engenharia biomédica que a “conversa com os Fundadores” começou, com o antigo professor da FEUP, Luís de Melo, a realçar o envolvimento incansável e o papel ativo na vida académica que estes estudantes manifestam desde cedo.
Para Alexandre Quintanilha, um dos fundadores do MIB, a possibilidade de desenvolver uma formação onde a biologia, a física, a química e matemática fossem igualmente importantes “era extraordinário”, salientando o facto do ICBAS ter sido e de ainda ser “uma escola de interfaces”.
Também Mário Barbosa, outros dos fundadores dos cursos aniversariantes, destacou a capacidade de pessoas como Nuno Grande, para “criar pontes e sinergias” entre faculdades, essenciais na formação académica, e na formação de cidadãos plenos e interventivos na sociedade.
Já Aurélio Campilho, um dos fundadores do MEB, recordou a intervenção de diversos professores da U.Porto e recordou a forma como foi sendo construída a ideia de providenciar formação avançada em engenharia biomédica.
De olhos postos no futuro
A transversalidade e a troca de saberes e experiências estiveram sempre presentes durante a sessão. Exemplo disso foi a forma como fundadores e diretores dos cursos debateram com alumni e estudantes os desafios do futuro, tanto ao nível do plano formativo, como da necessária ligação à indústria.
No segundo painel ouviram-se histórias de sucesso de investigadores que aliam a engenharia à medicina e à saúde, para assegurar melhores terapêuticas.
A encerrar a sessão, o diretor do ICBAS, Henrique Cyrne Carvalho, e o diretor da FEUP, João Falcão e Cunha, realçaram a parceria de sucesso entre as duas faculdades, que juntas celebraram o conhecimento e a ciência.
Por fim, coube ao Reitor da U.Porto dar a sua visão – numa declaração gravada – sobre a relevância que estas áreas do saber continuam a conquistar entre a comunidade académica, particularmente a da Universidade.