Chegaram curiosos e saíram (ainda mais) motivados para o futuro. Cerca de 35 alunos do ensino secundário participaram na Academia Júnior de Inovação em Saúde, uma iniciativa organizada pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) para aumentar a literacia em saúde digital junto do público mais jovem.

Ao longo de três sessões presenciais, que decorreram entre fevereiro e abril, os participantes acompanharam o percurso clínico da “Marie”, uma jovem doente virtual que utiliza tecnologias de saúde digital para gerir a sua doença crónica.

Através de atividades dinâmicas e interativas, os futuros universitários aprenderam novos conceitos relacionados com os registos clínicos, a farmacovigilância, a proteção de dados, o diagnóstico médico, a terapêutica, a investigação clínica e biomédica, entre outros.

“Um dos objetivos consistiu também em desafiar os participantes a elaborarem um mini projeto a partir de uma ideia relacionada com a saúde digital, o que culminou com a apresentação de um pitch no último dia da academia”, explicou Carla Sá Couto, professora da FMUP.

Jovens “investigadores” corresponderam aos desafios

Os jovens “investigadores” tiveram assim a oportunidade de entender o papel da saúde digital na prestação de cuidados de saúde e experimentar algumas das ferramentas de saúde digital atualmente em desenvolvimento na FMUP.

Prestes a concluir o secundário, Tiago Marinho e Renata Sampaio foram dois dos jovens “investigadores” que se inscreveram nesta iniciativa, ambos desafios por professores.

No caso do jovem estudante da Maia, os temas relacionados com a inteligência artificial na medicina e os fármacos suscitaram-lhe maior curiosidade e interesse. Por outro lado, a futura “investigadora” Renata Sampaio, que está a considerar seguir nova a Licenciatura em Saúde Digital e Inovação Biomédica, destacou a componente prática da academia e a oportunidade de aprender com diversos especialistas em inovação em saúde.

Encerrada a primeira edição da Academia Júnior de Inovação em Saúde, “o balanço foi bastante positivo, uma vez que foi muito agradável constatar o elevado nível de curiosidade e o conhecimento de base dos participantes, bem como as questões pertinentes que foram levantadas ao longo das diferentes sessões”, conclui Carla Sá Couto.