Minutos depois de ter dado as boas-vindas aos novos estudantes da Universidade do Porto, o Primeiro-Ministro, António Costa, inaugurou, no passado dia 13 de setembro, a nova Residência Ventura Terra, o primeiro de sete projetos da Universidade do Porto para a construção e reabilitação de residências universitárias no âmbito do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES), financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Acompanhado pelo Reitor da U.Porto, pela Ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva e pela Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, o chefe do Governo percorreu as modernas instalações resultantes da reabilitação e adaptação de um edifício desocupado, anteriormente utilizado como apoio ao antigo complexo da Faculdade de Farmácia (FFUP), na Rua Aníbal Cunha.

Durante a visita, a comitiva teve também a oportunidade de interagir com alguns dos estudantes que já habitam o novo espaço.

“Todos temos consciência de que a maior barreira que existe no acesso ao ensino superior é o alojamento e foi por isso que aprovámos o PNAES, um plano muito ambicioso para o qual procurámos mobilizar as universidades, os politécnicos, as autarquias, o Estado, as entidades do setor social e solidário. (…) Hoje, um pouco por todo o país, há ‘n’ residências em curso”, frisou António Costa durante a cerimónia de inauguração, em que reiterou a intenção do executivo em “duplicar o o número de camas disponíveis até ao final de 2026”.

Já o Reitor da U.Porto, António Sousa Pereira, realçou o “simbolismo” de uma inauguração que constitui a “primeira concretização” do “ambicioso projeto de construção e reabilitação de residências estudantis” da Universidade, que prevê a construção de “três novas residências, num total de 411 novas camas”, e a “melhoria significativa das condições de habitabilidade de outras quatro residências com capacidade total para 701 estudantes”.

“Estes projetos totalizam um investimento global de cerca de 32 milhões de euros, dos quais 20,5 milhões serão diretamente financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência”, lembrou o Reitor.

Desse valor, 1,76 milhões serviram então para ajudar a dar forma à nova Residência Ventura Terra. “Esta residência tem uma dimensão pouco menos do que simbólica, mas o simbolismo é importante. É sinal de que o plano está em marcha contínua!”, vincou António de Sousa Pereira.

Garantindo que as outras residências em curso “estão a correr dentro dos timings previstos”, o Reitor mostrou-se ainda “convencido de que, no final do PRR, teremos a capacidade instalada em termos de camas da Universidade significativamente aumentada”.

Sobre a Residência Ventura Terra

“Batizada” em homenagem a Miguel Ventura Terra (1866-1919), arquiteto português e “um dos primeiros beneméritos da Universidade do Porto”, a nova residência estudantil da U.Porto disponibiliza um total de 54 camas, distribuídas por 25 quartos duplos com casa de banho – três dos quais para pessoas com mobilidade reduzida – e dois estúdios, dispostos ao longo de três dos cinco pisos do edifício.

Os restantes pisos (rés-do-chão e cave) albergam uma sala polivalente, cantina, sala de leitura, gabinetes administrativos, lavandaria, entre outros equipamentos.

A nova residência vem também contribuir para o aumento da oferta dos Serviços de Ação Social da U.Porto (SASUP) no Polo I da Universidade, onde atualmente existem apenas duas residências estudantis, com uma capacidade total de 74 camas.