A Universidade do Porto acaba de lançar o concurso público para a reabilitação de um edifício de cinco pisos na Viela da Carvalhosa, em Cedofeita, tendo em vista a sua transformação numa residência universitária com capacidade para 54 camas/estudantes. A obra, orçada em 1,45 milhões de euros, deverá ficar concluída até 2022.

Da autoria do atelier Barata Arquitectos, o projeto para a nova residência prevê a instalação de um total de 27 quartos duplos com casa de banho – incluindo três para pessoas com mobilidade reduzida – distribuídos por três pisos (1.º e 2.º andar e um piso recuado) do edifício construído em 1979 e que, anteriormente, serviu como instalações complementares ao antigo complexo da Faculdade de Farmácia, na Rua Aníbal Cunha.

Os restantes pisos (rés-do-chão e cave) vão ainda albergar uma sala polivalente, cantina, sala de leitura, gabinetes administrativos, lavandaria, entre outros equipamentos..

No total, a intervenção vai contemplar uma área total de cerca de mil metros quadrados. Uma vez iniciada a empreitada, o prazo previsto para a conclusão da mesma é de 300 dias.

O edifício da futura residência encontra-se fechado, depois de ter servido como edifício de apoio ao antigo complexo da Faculdade de Farmácia. (Foto: Google Maps)

Promessa cumprida

A adaptação deste edifício a residência universitária foi anunciada a 22 de março de 2019 pelo Reitor da U.Porto, durante as celebrações do 108.º aniversário da Universidade.

Na ocasião, António de Sousa Pereira justificou o investimento como resposta ao “complexo” problema do alojamento que vem mobilizando a comunidade estudantil, e ao qual a atual equipa reitoral tem procurado fazer face através de “esforços junto de diferentes parceiros para encontrar soluções para a falta de alojamento a preços comportáveis”.

Atualmente, a Universidade do Porto disponibiliza, através dos seus Serviços de Ação Social (SASUP), nove residências universitárias, dispersas pelos três polos, com capacidade para acolher cerca de 1200 estudantes.

Entre os destinatários das residências incluem-se sobretudo estudantes de licenciatura, mestrado ou mestrado integrado que, pelas suas condições socioeconómicas, distância ou dificuldade de transporte, não possam residir com o agregado familiar e necessitem de alojamento para prosseguir os seus estudos.