Terminar as férias mais cedo para fazer a diferença na vida das pessoas. Poderia resumir-se assim o propósito que levou meia centena de jovens estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) a rumar até às Caldas da Rainha para mais uma edição do projeto de voluntariado “Medicina Vai”.

As vagas para esta atividade tendem a esgotar-se rápido e este ano não foi exceção. Visitar as doze freguesias do concelho, realizar diversas atividades no âmbito da promoção de bons hábitos de saúde e contactar com pessoas de várias faixas etárias. Um programa aliciante, ou não estivéssemos a falar de futuros médicos da FMUP.

Desde rastreios cardiovasculares, formações em suporte básico de vida, sensibilização para temáticas como a saúde mental e a saúde sexual reprodutiva, bem como as tradicionais sessões do hospital dos pequeninos, os estudantes colocaram em prática os seus conhecimentos em prol da comunidade local.

As sessões do hospital dos pequeninos colocaram os estudantes em contacto com “pacientes” de palmo e meio. (Foto: AEFMUP)

Uma “medicina mais humanizada”

“Estabelece-se aqui uma relação de simbiose, visto que esta é uma oportunidade de conhecermos novas realidades e territórios, termos mais contacto com a população e, desta forma, contribuirmos para uma medicina mais humanizada”, esclarece um dos coordenadores desta iniciativa dinamizada pela Associação de Estudantes da FMUP (AEFMUP).

Numa localidade reconhecida pela sua vocação terapêutica devido às atividades termais, a missão do grupo de estudantes de Medicina passou por levar ainda mais saúde à população local. Após um primeiro dia de receção pelas entidades do município, o grupo de voluntários distribui-se pelas diferentes freguesias, onde desenvolveu atividades como rastreios na Foz do Arelho, o hospital dos pequeninos em Salir de Matos, ou a formação em primeiros socorros e suporte básico de vida em Santa Catarina, entre outros.

No último dia, os estudantes da FMUP encerraram as atividades do “Medicina Vai” com uma ação de sensibilização a propósito do Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, que decorreu no Parque D. Carlos I.

Com o objetivo de alertar para as carências nos cuidados de saúde nas regiões mais periféricas do país, esta iniciativa sensibiliza os próprios estudantes para o papel crucial que poderão vir a desempenhar enquanto futuros médicos.

Recorde-se que, em edições anteriores, o “Medicina vai” já passou por locais como Albergaria-a-Velha, Alter do Chão, Baião, Sesimbra, Óbidos, Armamar, Vinhais e Sertã.