É a atividade mais “fora caixa” daquelas que prometem marcar a segunda semana do programa de celebrações dos 50 anos da Revolução de Abril, promovido pela Casa Comum (à Reitoria) da Universidade do Porto. Dia 13 de abril, há um desafio especial aberto a toda a comunidade: representar, em crochet, a flor que se transformou em símbolo. No mesmo dia, já de cravo na lapela, Augusto Santos Silva e Teixeira dos Santos participam numa tertúlia sobre memórias da Revolução.

Para a oficina de crochet a organização fornece linha e agulha. Aos participantes pede-se apenas alguma vontade de dar à linha e ao dedal sob a batuta da formadora Júlia Faria. No final da oficina, o cravo pode ser levado para usar ao peito.

A oficina será dividida em dois segmentos: a parte da manhã (das 9h30 às 12h30) para iniciados e a parte da tarde (das 14h00 às 17h00) para quem já domina a técnica.

A participação é gratuita, mediante inscrição prévia.

Entra na Festa, pá!

Mas há mais propostas para viver Abril na U.Porto. Vamos dizer Abril? É esta a proposta da Oficina de Escrita e Leitura que vai ter lugar no dia 10 de abril, a partir das 18h00, na Biblioteca do Fundo Antigo.

Sob a orientação da escritora Ana Rita Rodrigues, cada um dos participantes será chamado a convocar o seu próprio simbolismo da Revolução. Os exercícios criativos vão incluir a concretização, a várias mãos, de um Manifesto de Abril e de um Diário Colectivo. A participação é livre, mediante inscrição prévia.

Dia 12 de abril, às 18h30, o cinema será pretexto para falar de Cidade, Habitação e Justiça Social. Os trabalhos selecionados para este ciclo comungam de um pressuposto comum: reconhecer e dar voz aos que lutam por uma habitação digna e por uma cidade justa.

Othon é o documentário de Guillaume Pazat e Martim Ramos que vai fazer a audiências entrar no Othon Palace Hotel, outrora o maior hotel de luxo da cidade de São Paulo, no Brasil. Em outubro de 2012, após quatro anos de abandono, o edifício foi ocupado por movimentos organizados de pessoas sem teto.

O filme será comentado por Luís Fernandes (psicólogo, poeta e docente da FPCEUP ), Fernando Bessa Ribeiro (Sociólogo, ICS-UM / CICS.NOVA_UM) e Margarida Mogadouro (Núcleo de Intervenção Social, Unidade de Desenvolvimento Social do Centro Distrital do Porto). A moderar a sessão estará o arquiteto (mestre em Arquitetura pela FAUP) e ativista social Diogo Matos Rodrigues.

De volta ao dia 13, às 21h00, e já de cravo ao peito, haverá vários convidados sentados à mesma mesa para falar sobre… a Revolução, claro está. E como olhamos para estes 50 anos de democracia. Quem teremos connosco? Os jornalistas Carlos Magno e Jorge Fiel, o economista e antigo ministro Fernando Teixeira dos Santos e o sociólogo, antigo ministro e Presidente a Assembleia da República Augusto Santos Silva.

Uma conversa entre pessoas que testemunharam os acontecimentos de Abril e que, inevitavelmente, também falarão do presente.

O sexteto de jazz alumni da U.Porto “6 às 7” ocupará uma parte da sessão com Musicas e Memórias da Revolução.

As iniciativas que assinalam os 50 anos do 25 de Abril são de participação gratuita.

Para mais informações, consultar o programa de comemorações.