O projeto de arquitetura do Atelier ARM de André Rodrigues Marques, antigo estudante da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP) e colaborador do Centro de Estudos da FAUP (CEFA-FAUP), para a reabilitação do Armazém da Academia das Ciências de Lisboa foi o escolhido pelo júri do concurso público promovido pela Academia das Ciências de Lisboa, com assessoria técnica da Secção Regional de Lisboa e Vale do Tejo da Ordem dos Arquitetos.

Os 15 trabalhos a concurso foram avaliados por um júri composto pelo investigador José Luís Cardoso (presidente), o embaixador António Monteiro e os arquitetos Filipa Roseta, Carlos Bessa e Maria Rebelo Pinto.

O júri considerou que a proposta vencedora revela “uma excelente interpretação do programa do concurso, apresentando de forma sintética, transparente e sugestiva, as linhas gerais da proposta de reabilitação”.

O júri destaca ainda “o modo como salvaguarda e valoriza as materialidades existentes e o espírito do lugar, optando por soluções de reaproveitamento eficiente dos espaços de intervenção, numa perspetiva de economia circular consentânea com os propósitos de modernização e adaptação da Academia das Ciências a desafios do tempo presente”.

O Atelier ARM, de André Rodrigues Marques em parceria com Baltazar Mateus e João Siopa Alves, venceu o Concurso para a reabilitação do Armazém da Academia das Ciências em Lisboa.

Já na memória descritiva do projeto, desenvolvido em parceria com Baltazar Mateus e João Siopa Alves, André Rodrigues Marques explica que “a ideia em que se apoia a proposta é alguma coisa entre o silêncio e a invisibilidade, para que no fim tudo pareça que já ali pertence”, propondo “o diálogo entre o que é novo e o que existe é o mediador presente em todas as decisões de projecto, seja pela hierarquia dos materiais utilizados, ou pela reutilização de elementos existentes”.

Para o arquiteto, “intervir num edifício com as características do Armazém da Academia das Ciências de Lisboa requer uma cuidada análise dos elementos pré-existentes, para potenciar a sua fruição”.

“A proposta procura estabelecer um diálogo com a morfologia espacial do edifício, tendo como intenção a sua uniformização enquanto conjunto único, para promover a continuidade da experiência e adequando as suas funções ao programa preliminar”, destaca o alumnus da FAUP.

Sobre André Rodrigues Marques

André Rodrigues Marques completou o Mestrado Integrado em Arquitetura na FAUP, instituição na qual também concluiu o Curso de Estudos Avançados em Património Arquitetónico, e onde é, atualmente, candidato a realizar o Doutoramento em Arquitetura.

Colaborou com os arquitetos Adalberto Dias, antigo docente da FAUP, Pedro Domingos e Patrícia Barbas. Em 2016 funda o atelier ARM a partir de onde desenvolve parcerias e colaborações.

A convite de Adalberto Dias integra, em 2022, uma equipa de projeto no CEFA-FAUP. No mesmo ano, venceu o concurso do Conjunto Habitacional de São Francisco de Borja. Desde então desenvolve a tempo integral, participações em concursos de arquitetura nacionais e internacionais, bem como encomendas públicas e privadas.