Chegam dos quatro pontos do país – e não só – e, a partir desta segunda-feira, vão viver “uma experiencia difícil de esquecer” na melhor universidade portuguesa. A “promessa” é cantada no Hino da Universidade Júnior e vai ser cumprida ao longo das próximas semanas, nas salas e laboratórios da Universidade do Porto, pelos mais de 5.100 jovens inscritos na 17.ª edição do maior programa nacional de iniciação ao ambiente universitário.

De regresso ao formato pré-pandemia, a Universidade Júnior 2023 vai prolongar-se até ao final da primeira semana de setembro (ver programa). Com ela traz  128 atividades concebidas por mais de 150 docentes e investigadores da U.Porto, e a decorrer nas várias faculdades e centros de investigação da Universidade e num conjunto alargado de entidades parceiras.

À semelhança das edições anteriores, o programa deste ano abarca atividades destinadas a diferentes faixas etárias e planeadas com o objetivo de dar a conhecer as múltiplas áreas de estudo lecionadas na U.Porto. A liderá-las estarão mais de 400 monitores, a quem caberá ajudar a “testar” as vocações dos futuros universitários.

Para os mais novos, do 5.º ao 6.º ano, o programa “Experimenta no Verão” propõe uma aventura à descobertas das diferentes áreas científicas, através de pequenos “cursos” diários disponibilizados em cinco programas distintos, ao longo de uma semana.

Para os alunos do 7.º e 8.º ano, a U.Jr tem destinadas as “Oficinas de Verão”, cada uma composta por cinco pequenas atividades ligadas às áreas das Ciências, Engenharia, Letras, Belas Artes, Desporto, entre outras. Os participantes desta faixa etária que já têm uma área de interesse definida vão poder aprofundá-la numa das quatro Oficinas Temáticas programadas.

É, contudo, na faixa etária dos alunos do 9.º ao 11.º ano que se concentra a maior parte das atividades da Universidade Júnior. A pensar nos jovens que estão mais perto de ingressar no ensino superior, o programa Verão em Projeto oferece aos a oportunidade de participar em projetos científicos nas diferentes áreas lecionadas na U.Porto.

Até 28 de julho, o programa geral da Universidade Júnior passa também pela Escola de Línguas, o programa quinzenal em que os participantes (alunos do 5.º ao 11.º ano) podem aprender uma de várias línguas à sua escolha.

Para além do programa geral, a UJr 2023  contempla ainda um conjunto de escolas temáticas de introdução à investigação, dirigidas às mentes mais brilhantes do ensino secundário (10.º ao 12.º ano). A decorrer entre julho e setembro (maioritariamente), as escolas de  Química e Bioquímica, EngenhariasFísicaMatemática e Ciências da Vida e da Saúde (as duas últimas ainda com candidaturas abertas) são acessíveis apenas por candidatura, privilegiando-se o mérito académico dos participantes.

Na Universidade Júnior, os alunos do 5.º ao 11.º ano podem experimentar diferentes áreas do conhecimento e testar as suas próprias vocações. (Foto: Egidio Santos/U.Porto)

A experiência completa

Para 884 dos alunos inscritos nesta edição da Universidade Júnior, a experiência inclui também um programa de alojamento no Quartel do Regimento de Transmissões do Exército Português, disponível para aqueles que habitam a uma distância demasiado grande para fazerem diariamente a viagem de e para o Porto.

A edição 2023 da Universidade Júnior reforça, de resto, o caráter nacional – e até internacional – do programa. Para tal, contribuem os protocolos de colaboração estabelecidos com 35 municípios de norte a sul do país (ilhas incluídas), que se comprometem a apoiar a participação dos mais jovens dos seus municípios, seja através do pagamento da propina e do alojamento ou a disponibilização de meios de transporte para o Porto.

De Chaves a Constância, de Ponta Delgada ao Funchal, a “Universidade Júnior” atrai jovens de todos os distritos de Portugal, mas também de países como Alemanha, Bélgica, Brasil, Canadá, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, Luxemburgo, Moçambique e Senegal.

De facto, desde o seu início, em 2005, a “Universidade Júnior” já recebeu mais de 70 mil alunos. Nos últimos anos, o número tem crescido de forma gradual, tendo ultrapassado, em 2019, pela primeira vez, a barreira dos sete milhares de participantes.