O prestígio da U.Porto foi um dos motivos que atraiu Alexandra Pereira na hora de se candidatar ao Mestrado Integrado em Bioengenharia da Faculdade de Engenharia (FEUP). Cinco anos depois, a hoje finalista da FEUP confessa que aquilo que mais gosta na Universidade – a que chama “Casa” – é o ambiente que encontrou. “Senti-me rapidamente integrada e conheci pessoas incríveis e inspiradoras que vou levar comigo a vida toda”, afirma.

E foi precisamente a algumas dessas pessoas que Alexandra se juntou para fundar a FOCA – Focus On Critical Actions, uma organização de conservação da natureza que se vem destacando na organização de ações de voluntariado universitário, relacionadas com a proteção e a preservação do ambiente.

Foi graças a este trabalho que a estudante de 22 anos venceu o Prémio Cidadania Ativa 2021 da U.Porto na área da Defesa do Ambiente, em conjunto com a amiga Ana Rita Barros. Uma distinção que, para Alexandra Pereira, representa “o reconhecimento de um trabalho que passa muitas vezes despercebido”.

– O que te motivou a escolher a U.Porto?

Além do facto de pertencer à cidade em que vivo, pareceu-me sem dúvida a escolha certa tendo em conta o seu prestígio, especialmente na área da engenharia.

– De que gostas/gostaste mais na Universidade?

Confesso que foi o ambiente. Senti-me rapidamente integrada e conheci pessoas incríveis e inspiradoras que vou levar comigo a vida toda. Tornou-se rapidamente uma segunda casa.

– O que gostavas de ver melhorado na Universidade?

Em geral, estou bastante satisfeita com os recursos que são disponibilizados, mas, a nível de ensino, penso que tem que se continuar a fazer esforços para não se ver os alunos como “máquinas”, mas incentivar o espírito crítico e próprio, com aplicações na vida real. A nível da sustentabilidade, é importante uniformizar as iniciativas pelas faculdades e garantir que elas funcionam na totalidade do seu processo, como no caso da reciclagem.

– Qual a importância do Prémio Cidadania Ativa para ti?

Este prémio é sem dúvida o reconhecimento de um trabalho que passa muitas vezes despercebido. O voluntariado ambiental em especial pode ser muitas vezes frustrante porque sentimos que não importa o que façamos, a situação continua a piorar. Por isso, este prémio é um reforço de motivação que vou certamente investir naquilo que mais gosto de fazer: voluntariado!

– Como vês o teu futuro daqui a 10 anos?

Face à atual situação climática, gostava primeiramente de conseguir visualizar um futuro. Para isso, espero que ações concretas sejam tomadas por parte de governos e corporações a nível mundial ao longo destes anos. Até lá, o meu objetivo é continuar a remar contra a maré da conformidade e nunca perder a motivação para lutar por um planeta melhor, seja isso no meu trabalho como engenheira, mas também como cidadã.

Gostava especialmente de poder alcançar uma comunidade cada vez maior e internacional e aprender boas práticas ambientais pelo mundo fora.

– Se tivesses de descrever a U.Porto numa palavra, qual seria?

Casa.