O INESC TEC e a Marinha Portuguesa assinaram, no dia 6 de setembro, um protocolo de colaboração que vai permitir ao INESC TEC definir roteiros de investigação e desenvolvimento que conduzam a soluções tecnológicas de interesse para a Marinha.

Este acordo, válido para os próximos cinco anos, permite reforçar a participação conjunta em projetos, incluindo nos quadros a Agência Europeia de Defesa e da NATO, e ajudar a dotar a Marinha de soluções tecnicamente avançadas. Enquadra também o apoio que o INESC TEC poderá dar à Marinha, quando solicitado, como foi o caso recente da atuação do submarino EVA na pedreira de Borba.

“Além disso, o protocolo é o reconhecimento, por parte deste ramo das forças armadas, do serviço público que o INESC TEC assegura, contribuindo para a defesa nacional”, acrescenta Vladimiro Miranda, Diretor Associado do instituto.

O reforço da cooperação entre estas entidades vai permitir ao INESC TEC acesso a mecanismos de financiamento, de projetos ligados à defesa. “Este protocolo confere um selo de credibilidade ao INESC TEC no contexto internacional e facilita a participação das nossas tecnologias em exercícios militares, incluindo no âmbito da NATO”, refere o também docente na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).

Cooperação reforçada

O protocolo agora assinado vem assim consolidar, com maior ambição, a colaboração já existente entre o INESC TEC e o CINAV e, por outro lado, entre o INESC TEC e o Instituto Hidrográfico.

O INESC TEC coopera desde há vários anos com o Instituto Hidrográfico (da Marinha), tendo como linha de trabalho principal soluções de software. São exemplos de projetos, o RAIA, RAIA.co, RAIATEC, MARRISK, RADARonRAIA, na área da cooperação transfronteiriça, ou o MELOA, na observação marinha.

O INESC TEC coopera também com o CINAV, tendo como linha de trabalho principal a robótica. São exemplos de projetos o ICARUS, direcionado para busca e salvamento; o SUNNY, para monitorização de fronteiras marítimas; o TURTLE, com selo da Agência Europeia de Defesa e voltado para a área da vigilância submarina; o SIDNAVE E DEEPFLOAT, para exploração de águas profundas; o PRINCE, para temas de conflito de natureza biológica ou nuclear; ou o MARECOM, nas comunicações marítimas.