No contexto da unidade curricular de Concepção e Experimentação Estrutural da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP), três objetos em betão foram construídos por estudantes, que ficarão agora em exposição no pátio da FAUP, com inauguração marcada para o dia 30 de abril, às 11h00.
Num exercício escolar que marca uma parceria entre a academia e o mundo empresarial, os alunos do Mestrado Integrado em Arquitectura foram desafiados a construir três objetos na FAUP, num exercício que visa aproximar a componente conceptual da prática construtiva.
“Quando pensámos nesta nova unidade curricular, o objetivo principal era trazer uma nova forma de ensinar estruturas para arquitetos, que fosse mais visual e intuitiva. No entanto, rapidamente percebemos que a apreensão deste conhecimento seria mais eficaz se os alunos tivessem de construir, em que obrigatoriamente teriam de ter uma relação mais próxima com a gravidade, os materiais e os processos construtivos”, refere o docente da unidade curricular, engenheiro Edgar Brito.
Saindo do domínio da teoria e passando para a prática construtiva, os estudantes realizaram visitas a obras e ao Laboratório de Materiais de Construção da Faculdade de Engenharia, onde assistiram ao desenvolvimento de um betão resistente inovador, 60% mais leve e com uma capacidade de isolamento térmico dez vezes superior a um betão normal.
Contando com o apoio de empresas como a Mota-Engil, a Peri, a Argex, a Sika, a Bekaert e a Artworks, este “é o primeiro betão ultra-leve com função estrutural produzido em Portugal, com agregrados naturais e resíduos industriais, o que é uma oportunidade para se construírem edifícios com sistemas construtivos unitários (como se fazia no passado) que são simultaneamente mais sustentáveis”, de acordo com Edgar Brito, apesar de este tipo de betão sere comum na Suíça ou na Alemanha.
Esta parceria entre as faculdades de Engenharia e de Arquitectura da Universidade do Porto, para além de pretender aproximar os estudantes de Arquitetura e de Engenharia Civil, promete focar-se também no desenvolvimento de novas soluções que possam ser usadas pelos projetistas nos próximos anos.
Prevê-se que a exposição das objetos fique patente no pátio da FAUP durante os próximos meses. A exposição poderá ser depois instalada num espaço público através de parcerias a definir com diferentes entidades.
Mais informações em www.fa.up.pt