Estávamos em 1968 quando o pedagogo e filósofo brasileiro Paulo Freire, então refugiado no Chile, terminou aquela que viria a ser a sua fundadora e mais famosa obra. Meio século depois, os 50 anos da “Pedagogia do Oprimido” são agora pretexto para um conjunto de iniciativas promovidas pelo Instituto Paulo Freire de Portugal, em parceria com a Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade (FPCEUP) e do Centro de Investigação e Intervenção Educativas (CIIE) daquela faculdade.
Obra incontornável nos campos da educação, da política e da cultura, a “Pedagogia do Oprimido” foi, e continua a ser objeto de estudo e de reconhecimento mundial, estando atualmente traduzida e publicada em múltiplas edições, em várias dezenas de países da América do Norte, América do Sul, Europa, África e Ásia. É também a terceira obra mais citada nas ciências sociais e humanas – segundo um levantamento realizado a partir do Google Scholar por Elliot Green, da London School of Economics.
Tudo isto serve entao de pretexto para uma iniciativa que se propõe a comemorar, não só os 50 anos da “Pedagogia do Oprimido”, mas também a relevância contemporânea de uma obra que “coloca em evidência a necessidade de reflexão e de debate sobre questões tão significativas como políticas educativas, práticas e filosofias pedagógicas, movimentos contra-hegemónicos, problemas de identidade, de participação e de cidadania”.
Entre os eventos previstos destaca-se o congresso internacional “50 Anos Depois da Pedagogia do Oprimido\”, que entre os dias 11 e 13 de julho, vai reunir no Porto professores e investigadores de Portugal, Brasil, Espanha, Itália e França. Está igualmente previsto o envolvimento de grupos e instituições culturais da cidade do Porto, que dinamizarão círculos de cultura e momentos de criação artística com a comunidade.
As inscrições para o congresso estão abertas até 30 de junho e podem ser feitas aqui. Os estudantes da U.Porto usufruem de descontos especiais.
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