Isaura Tavares, professora e investigadora do Departamento de Biologia Experimental da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), é a nova presidente da Sociedade Portuguesa de Neurociências (SPN).
A docente da FMUP, cujo mandato terá uma duração de quatro anos, diz querer “garantir que os colegas mais novos têm perspetivas de futuro na investigação em Neurociências”. “Nestes tempos de restrições orçamentais, em que alguns desistem por falta de verbas, a SPN pode, através dos seus congéneres internacionais, proporcionar oportunidades interessantes para os mais novos”, explica a neurocientista.
Isaura Tavares iniciou a vida académica na Faculdade de Ciências da U.Porto (FCUP), onde se licenciou em Biologia. Em 1998 realizou Provas de Doutoramento em Biologia Humana na FMUP, tendo-se dedicado desde então à área das neurociências.
Orientou 15 teses, integrou diversas equipas de investigação e liderou 7 projetos científicos (alguns dos quais de dimensão internacional), na sua maioria subjacentes ao impacto da diabetes no sistema nervoso e à dor crónica.
Assinou 60 publicações em revistas internacionais indexadas e foi premiada 15 vezes, entre 2004 e 2015. O último galardão foi-lhe atribuído pela Fundação Grünenthal no passado dia 1 de julho, pelo trabalho intitulado “Dor em Doença de Alzheimer: pesquisa de um biomarcador para solucionar o problema da sua subavaliação” , que desenvolveu com cientistas da Universidade de Lisboa e do Hospital de Cascais.
Natural de Massarelos, a investigadora, que é também vice-presidente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED), ocupou diversos cargos nos órgãos de gestão da FMUP, mantendo ainda o seu lugar (pelo terceiro mandato consecutivo) no Conselho Científico da FMUP.