Fixar um momento: dia 6 de janeiro de 2023, às 21h00, no Salão Nobre da Reitoria da Universidade Porto. De reflexão, mas também de gratidão, amor, alegria e esperança. De fazer soar bem alto os mais sinceros votos de um Excelente Novo Ano, através de uma linguagem que é universal. Qual? A música, claro. Ou não fosse ela a “rainha” do tradicional Concerto de Reis da U.Porto, que este ano ficará a cargo dos grupos da Associação dos Antigos Orfeonistas da U.Porto (AAOUP).

O primeiro grupo a subir ao palco será o Coro Experimental que vai brindar a plateia com uma experiência “À Capella”. Aqui fica o alinhamento: Ay! Linda amiga – Anónimo Espanhol (Cancioneiro do Palácio); Dindirindin – Anónimo (Cancioneiro do Palácio); Ay mi Dios – D. Pedro de Cristo e El Grillo – Josquin des Prez.

Ao Coro Experimental juntar-se-á depois o Coro Clássico para, acompanhados ao piano pelo antigo orfeonista Francisco Senra, deixar o público com…. outro estado de espírito. Porquê? Ora confira: Jesus bleibet meine Freude – J. S. Bach; Signore delle cime – Giuseppe de Marzi; Avé Verum – W. A. Mozart; Avé Maria – G. Caccini; Panis Angelicus – Cesar Franck; Canticorum Iubilo – G. F. Handel.

A noite segue depois com a atuação do Grupo de Fado Académico do Orfeão Universitário do Porto. Para finalizar, há tempo de Dançar as Janeiras com o Grupo de Danças da AAOUP.

O concerto tem entrada livre, ainda que limitada à lotação do espaço.

Há 55 anos a cantar

A Associação dos Antigos Orfeonistas da Universidade do Porto (AAOUP) é constituída por antigos estudantes  da U.Porto que, na sua maioria, integraram o centenário Orfeão Universitário do Porto (OUP). Mantém em funcionamento o Coro Clássico e o Coro Experimental, o Grupo de Fados, a Orquestra de Tangos, a Tuna Veterana, as Danças Regionais e os Pauliteiros.

O Coro Clássico tem um repertório vasto que inclui temas icónicos da história coral do OUP e junta em palco múltiplas gerações de antigos orfeonistas.  Já o Coro Experimental foi criado em março de 2016 e constitui o mais recente grupo da AAOUP. É formado por cerca de meia centena de antigos Orfeonistas das gerações de 1980 e 1990 e apresenta um repertório mais eclético, recorrendo a formas inovadoras de encenação coral.

Para além das atividades de cariz social e cultural, ao longo do ano, a AAOUP apresenta vários espetáculos associados a fins de beneficência que culminam num sarau anual.

E o maestro?

Licenciado em Engenharia Civil pela Faculdade de Engenharia da U.Porto (FEUP), Paulo Nunes estudou no Conservatório de Música do Porto e na Fundação Conservatório Regional de Gaia, nas classes de Flauta Transversal e Canto Individual. Frequentou cursos de Direção Coral, Direção de Orquestra e Técnica Vocal, tendo trabalho com José Robert, Ivo Cruz, Gerald Kegelmann, Paul Von Schilhawsky, entre outros.

É, desde 1990, Maestro do Coro Clássico da AAOUP e Diretor Artístico da TEUP.