“Exigente”, “transparente” e “prestigiada”. Estas foram apenas algumas das qualidades da Universidade do Porto que, há um ano, levaram Sílvia Moreira a ingressar na  licenciatura em Direito da Faculdade de Direito (FDUP).

E se a expectativa da estudante de 19 anos, natural de Rates (Póvoa do Varzim) passava por “abrir portas para o futuro”, o primeiro ano não a defraudou. “Em apenas um ano, sinto que aprendi imenso e não apenas a nível académico, mas como cidadã”, diz. Para isso contribuíram “as amizades, o convívio e a descoberta da vida universitária”.  Mas não só. “Com as difíceis circunstâncias que todos passamos e ainda continuamos a passar, o auxílio, a entreajuda e a solidariedade entre os estudantes saiu ainda mais reforçada e isso deu-me algum alento e força”.

Os resultados estão à vista Com uma média de 17 valores no 1.º ano do curso, Sílvia Moreira é a representante de Direito entre os 21 estudantes da U.Porto que vão ser distinguidos com o Prémio Incentivo 2021. Um reconhecimento “altamente gratificante, sobretudo num ano tão atípico como foi este ano, onde fomos testados de forma inimaginável “.

– O que te motivou a escolher a U.Porto?

O fator geográfico, evidentemente, influenciou a minha decisão. Contudo, a escolha pautou-se, principalmente, pelo reconhecimento, prestígio e qualidade de ensino da Universidade. Encarei a Universidade do Porto como o meu ponto de partida para alcançar o sucesso, pelo facto de ser exigente, transparente, prestigiada e abrir portas para o futuro . Reconheci ainda a capacidade de poder formar-me não apenas como jurista, mas também como cidadã.

– De que gostaste mais no primeiro ano na Universidade?

O que mais me fascinou foi a própria descoberta do curso e o conhecimento que adquiri.  Em apenas um ano, sinto que aprendi imenso e não apenas a nível académico, mas como cidadã, contribuindo também para minha evolução pessoal. As amizades, o convívio e a descoberta da vida universitária foram também experiências muito positivas e entusiasmantes. Todavia, o que mais me marcou foi, sem dúvida, a entreajuda, sobretudo em época de pandemia. Com as difíceis circunstâncias que todos passamos e ainda continuamos a passar, o auxílio, a entreajuda e a solidariedade entre os estudantes ainda saiu mais reforçada e isso deu-me algum alento e força.

– O que gostavas de ver melhorado na Universidade?

Honestamente, penso que poderia haver uma maior colaboração entre as faculdades de modo a fomentar projetos conjuntos, mas também um convívio entre alunos com áreas de formação distinta. Outro ponto que aqui me ocorre seria a restauração de algumas infraestruturas de modo a termos melhores condições de trabalho. Por último, refiro os serviços de secretaria, académicos que penso que deviam ter horários mais alargados visto que, muitas vezes, o contacto torna-se complicado e quase inacessível.

– Qual a importância do Prémio Incentivo para ti?

Primeiro de tudo, gostava de referir que estou muito agradecida por esta distinção. Apesar de crer que esta distinção tem de ser recebida com muita humildade e sobriedade, este prémio foi importante porque representa o reconhecimento de todo o meu esforço e empenho. Confesso que receber uma distinção destas é altamente gratificante sobretudo num ano tão atípico como foi este ano, onde fomos testados de forma inimaginável a nível psicológico e mental, porque não havia margem de distração de toda a pressão académica. Este prémio é ainda uma motivação para continuar o árduo trabalho até aqui realizado e um incentivo para procurar alcançar os meus objetivos, tentando ser a melhor académica que conseguir ser.

– Como vês o teu futuro daqui a 10 anos?

Idealmente, a nível académico, daqui a dez anos espero já ter concluído a licenciatura, mestrado e quem sabe fazer parte do curso do CEJ. Adoraria também integrar projetos ligados a certos problemas estruturais na nossa sociedade sobre os quais me interesso. Espero ser uma profissional realizada, bem sucedida. A nível pessoal, desejo ser uma cidadã ativa e responsável que ,simultaneamente, usufrui da companhia da sua família e amigos. Por último, como desejo mundano, vejo-me a viajar pelo mundo e a conhecer as diferentes realidades de vida, culturas e histórias.

– Se tivesses de descrever a U.Porto numa palavra, qual seria?

Prestígio.