O professor de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e investigador do Instituto de Investigação e Inovação da U.Porto (i3S) / IPATIMUP, Fernando Schmitt, acaba de ser designado como presidente do Congresso Internacional de Citologia, que vai ter lugar na cidade de Baltimore, nos Estados Unidos, em novembro de 2022.

Para o docente da FMUP, “é um motivo de grande orgulho” ter sido o especialista nomeado para presidir ao congresso da Academia Internacional de Citologia e cuja próxima edição vai ser realizada, pela primeira vez, em conjunto com a Sociedade Americana de Citopatologia, uma das maiores do mundo.

“Fiquei muito contente porque era uma ideia pela qual andava a batalhar desde 2010 e, agora, consigo vê-la finalmente em prática”, revela Fernando Schmitt.

Embora a dois anos de distância do congresso que vai acontecer em Baltimore, o patologista consegue antever quais serão provavelmente os dois grandes temas em discussão. “A aplicação das técnicas moleculares em material de citologia, e a utilização da inteligência artificial no diagnóstico serão, porventura, os dois grandes assuntos que estarão em debate.”

O Congresso Internacional de Citologia vai decorrer de 14 a 19 de novembro de 2022 e deverá juntar entre 2 a 3 mil especialistas em citologia provenientes de todo o mundo.

Uma referência na doença da mama

Reconhecido especialista de topo a nível internacional em citopatologia e cancro de mama, Fernando Schmitt é autor de 474 publicações em revistas científicas nacionais e internacionais, tendo ainda quatro livros editados.

Além do cargo como professor associado da FMUP, é também o responsável pela Unidade de Patologia Molecular no i3S / IPATIMUP e presidente da Sociedade Portuguesa de Citologia e da International Society of Breast Pathology (ISBP).

Relativamente às funções que desempenha na ISBP, Fernando Schmitt traça um balanço positivo do trabalho desenvolvido na liderança nesta entidade internacional. “Colaboramos com a International Colaboration on Cancer Reporting na elaboração de relatórios padrão de anatomia patológica e, em breve, vamos iniciar uma série de tutoriais em diferentes países com oradores internacionais”, projeta o docente.

Recorde-se que a ISBP é uma entidade internacional que se dedica a promover a comunicação e intercâmbio científicos em torno da doença da mama.