Entre os próximos dias 28 de fevereiro e 2 de março, a peça  da autoria de Manuel João Monte, será “a estrela da companhia” no Teatro Municipal de Matosinhos Constantino Nery.

Esta não será a primeira vez que uma peça de teatro do antigo docente do Departamento de Química e Bioquímica (DBQ) da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) Manuel João Monte pisa os palcos. Em 2019, O Bairro da Tabela Periódica, a terceira da autoria de Manuel João Monte – distinguida, em 2021, com o prémio José Mariano Gago, da Sociedade Portuguesa de Autores –, passou por salas de espetáculos em Oeiras, Coimbra e Porto.

Com encenação de Nuno Sá, esta coprodução da companhia TriActo, da Sociedade Portuguesa de Química (SPQ) e da Câmara Municipal de Matosinhos, com o apoio da U.Porto Press, tem estreia marcada para 28 de fevereiro, pelas 21h30, e um último espetáculo agendado para 2 de março, à mesma hora. Estes dois espetáculos destinam-se ao público em geral, enquanto que os de 29 de fevereiro e 1 de março são reservados aos estudantes do ensino secundário.

A trama inclui divertidos aspetos da descoberta do fósforo pelo alquimista Hennig Brandt, em 1669, e referência a questões ambientais que estão na ordem do dia. Segundo a TriActo, o espetáculo desenrola-se em dois ambientes: o alquímico do século XVII, tendo como cenário a casa de Hennig Brandt, e o da modernidade, de mais um “Happening” do século XXI.

Esta é uma coprodução da companhia TriActo, da Sociedade Portuguesa de Química (SPQ) e da Câmara Municipal de Matosinhos, com o apoio da U.Porto Press. / FOTO: DR

Sobre a obra

Em Phosphorus (Entre Vénus e Lúcifer)  o “ator principal” é o fósforo, descoberto acidentalmente em 1669 por Hennig Brandt, durante tentativas de produção de ouro a partir de urina. Sendo o seu símbolo químico o “p”, em inglês pronunciado como “pi”, ironicamente semelhante ao termo, também inglês, “pee” (urina), esta é, segundo Manuel João Monte, “uma das piadas químicas mais interessantes”.

A peça toca, também, temas e preocupações da atualidade, como a sustentabilidade da vida, os problemas ambientais e a escassez dos recursos minerais do fósforo. Segundo o autor, apesar de ser um “nutriente fundamental para o crescimento das plantas”, ele escasseia “perante as necessidades básicas de uma população que já atingiu os oito mil milhões”.

Tal como as três peças anteriores de Manuel João Monte, Phosphorus (Entre Vénus e Lúcifer) foi publicada pela U.Porto Press, na Coleção Fora de Série, tendo em 2023 sido incluída no Plano Nacional de Leitura 2027, segundo recomendação do 2.º semestre, arrecadando o selo Ler +, à semelhança de O Bairro da Tabela Periódica.

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Sobre o autor

Manuel João Monte jubilou-se em agosto de 2019, sendo atualmente Professor Associado Convidado do DBQ/FCUP. Coordena o grupo de investigação em Termodinâmica Molecular e Supramolecular do Centro de Investigação em Química da U.Porto.

Traduziu para português as peças de “Ciência-no-Teatro” Oxigénio (2005), de Carl Djerassi e Roald Hoffmann, e Falácia (2011), de Carl Djerassi, publicadas pela Editora da U.Porto. É autor da peça O Bairro da Tabela Periódica (U.Porto Press, 2019), tendo sido galardoado, em 2021, com o prémio José Mariano Gago, da Sociedade Portuguesa de Autores. Em 2020 escreveu a peça Arsenicum e, em 2021, Que Coisa é o Mundo (O Estado Dogmático) – esta em coautoria com Sofia Miguens –, também publicadas pela U.Porto Press.

Em 2023, as suas peças Phosphorus (Entre Vénus e Lúcifer) e O Bairro da Tabela Periódica foram incluídas no Plano Nacional de Leitura 2027, arrecadando o selo Ler +.