“O Porto é o lugar onde para mim começam as maravilhas e todas as angústias”, disse um um dia a poeta Sophia de Mello Breyner. Palavras que, nos dias 4 e 10 de outubro, puderam ser “testadas” pelos mais de 80 estudantes da Universidade do Porto que participaram nas duas visitas guiadas ao centro histórico do Porto promovidas pelo Programa Transversal de Mentoria Interpares (Mentoria U.Porto) e conduzidas pelo historiador Joel Cleto.

Como surgiu o Vinho do Porto e qual o papel da cidade na sua origem? Qual a origem do Palácio da Bolsa? Qual a importância e o significado da Torre dos Clérigos? Por onde passavam as muralhas da cidade? Estas e tantas outras questões foram abordadas ao longo destas visitas, pelo (re)conhecido autor e apresentador de programas semanais sobre História e Património, no Porto Canal.

Tendo como ponto de encontro a Estação de São Bento, a primeira visita decorreu pelas profundezas e subúrbios da área do Porto classificada como Património da Humanidade. Ao som de contos, histórias e curiosidades da cidade Invicta, os participantes exploraram espaços icónicos, e outros menos conhecidos, como o Miradouro dos Pelames, a Rua Escura, o Miradouro dos Grilos, o Arco de Santana, a Rua dos Mercadores e a Praça da Ribeira.

A Ribeira foi também o ponto de encontro para a segunda visita, cujo percurso incluiu paragens no Postigo do Carvão, Casa do Infante, Palácio da Bolsa, Escadas da Vitória, Miradouro da Vitória, Torre e Igreja dos Clérigos.

Ambas as visitas registaram uma grande adesão por parte dos mentores e mentorados da U.Porto, tendo esgotado as vagas disponíveis em menos de 48 horas. No total, 85 estudantes puderam usufruir de uma experiência inédita e de conhecer o Porto pela lente de um especialista na História e nas histórias da cidade.

No final das visitas, tanto Joel Cleto como os responsáveis da Mentoria U.Porto reforçaram a importância que este programa assume na integração dos novos estudantes nacionais e internacionais da Universidade.

“Este projeto da Universidade do Porto de acolher os novos estudantes, fazê-los viver a identidade e a história da cidade, é uma forma de os acolher e afinal, fazê-los sentir daqui”, resumiu o historiador e antigo estudante da Faculdade de Letras da U.Porto (FLUP).