Sérgio Magalhães, estudante do Programa de Doutoramento em Arquitetura da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP), é o vencedor da 3.ª edição do Prémio Inovação N41° do Prémio Arquétipo, promovido pela Ordem dos Arquitectos – Secção Regional Norte, no âmbito do projeto Norte 41°, e com o apoio do Ministério da Economia.
O arquiteto e estudante da FAUP vê assim reconhecida a proposta desenvolvida para a criação de uma divisória para escritório que integra cartão e burel, designada por PEG.GO, produto inspirado no peg board.
“A proposta apresenta uma forma eficaz de reconfigurar espaços, de forma quase imediata, sem que para isso seja necessário mais do que um esquema de montagem e a criatividade (…), assim os próprios utilizadores são convidados a definir a estrutura formal ideal, com autonomia, e sem necessitarem de apoio técnico profissional, que inclua instaladores ou obras”, explica Sérgio Magalhães na memória descritiva do projeto.
“Criado a partir da lógica da construção baseada em encaixe e junções típicos da carpintaria japonesa, as estruturas (de pequena e grande dimensões) são montadas a partir de entalhes e ranhuras evitando ao máximo a utilização indiferenciada de parafusos e outras técnicas de impacto relevante no custo, mão de obra e produção da solução”, adianta o doutorando da FAUP.
Para Sérgio Magalhães, o próprio nome do produto reflete aquilo que ele significa, um peg (PEG) board pronto para ser ativado/alterado/adaptado (GO) – PEG.GO, o aliado perfeito para espaços de trabalho como escritórios, universidades, bibliotecas, museus, cafés, espaços cowork, entre outros.
A proposta apresenta um sistema verdadeiramente multifuncional do qual qualquer utilizador poderá tirar o melhor proveito possível, apropriando-se da sua capacidade de transformação e adaptação às necessidades num determinado período ou espaço físico.
Para o júri, a proposta vencedora recorre aos materiais propostos pela empresa JJ Teixeira e sistematiza todo o processo construtivo, “demonstrando as múltiplas possibilidades de conjugação das peças, revelando versatilidade e flexibilidade, permitindo ao utilizador personalizar os espaços através da variedade de soluções que o sistema idealizado permite”.
O estudo do processo construtivo é igualmente revelador da exequibilidade da solução. O júri salientou ainda a “intemporalidade da solução”, notando que “a identidade do produto justifica o nome que lhe é atribuído – PEG.GO”.
Para além de um prémio monetário aindade 2.500 euros, Sérgio Magalhães terá a oportunidade de se juntar à equipa de I&D da empresa e estudar o potencial de produção e adaptabilidade das suas soluções.
Sobre o prémio
O Prémio Arquétipo tem como objetivo promover a aproximação entre a Indústria da construção e os Arquitetos, procurando ideias com aplicabilidade direta no sector da construção. O prémio teve como parceiras as empresas Arch-Valadares e JJTeixeira.
O/A vencedor/a do Prémio Master N41º – AGEAS, que inclui um prémio de 6.000 euros e a criação de um protótipo da ideia escolhida, vai ser conhecido em setembro, numa cerimónia que deverá contar com a presença do Secretário de Estado da Economia.