Os dados são recentes e foram anunciados pela U.Porto Inovação no âmbito do projeto The Circle: metade das spin-offs que fazem parte do universo da Universidade do Porto tiveram origem na Faculdade de Engenharia (FEUP), o que corresponde exatamente a 50 empresas de um universo de 100.

É uma marca forte, que tem vindo a consolidar-se nos últimos anos, e que traduz o espírito empreendedor que se vive na FEUP. Juntamente com a UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da U.Porto, a Faculdade de Engenharia tem contribuído de forma decisiva para fortalecer o ecossistema de inovação que se vive na Asprela, numa parceria considerada de referência por diversas vezes no panorama internacional. 

É este sucesso que se pretende assinalar no próximo dia 12 de julho. A unidade INOV da FEUP está a organizar um dia dedicado ao universo das spin-offs que ainda hoje se mantêm ativas na faculdade. Para isso, preparou um programa que juntará grande parte da comunidade ligada a estas startups, mentores que estiveram na origem de muitas destas ideias de negócio e também convidados internacionais com vasta experiência na área. 

“Atualmente, temos 29 empresas ativas reconhecidas como ‘Spin-off FEUP’. Muitas delas são empresas de conhecimento intensivo em tecnologia profunda, desenvolvendo produtos e serviços de valor acrescentado com modelos de negócio inovadores”, refere Pedro Coelho, responsável pela Unidade de Inovação da FEUP.

A área de atuação das spin-offs abrange diferentes domínios de tecnologia profunda e que vão desde os materiais e fabrico avançados, passando pelo aeroespacial (incluindo drones), inteligência artificial e aprendizagem automática, a área da eletrónica, da robótica e ainda o setor da energia verde sustentável e das tecnologias limpas.

De acordo com o responsável pela área de Inovação da FEUP, a tendência será para ver este número aumentar nos próximos anos, atendendo às movimentações do mercado e também à quantidade de estudantes e à qualidade das propostas que lhe têm chegado para a viabilidade de novas oportunidades de transferência de conhecimento através de uma spin-off.

“ É uma forte caraterística do nosso ecossistema de inovação e estamos empenhados em apoiar e encorajar a comunidade na criação de start-ups de base tecnológica assentes nas atividades de I&I da FEUP”, projeta Pedro Coelho.

Como identificar uma ideia de negócio?

Riam Kanso é uma das presenças confirmadas par ao evento do dia 12 de julho. É fundadora e Diretora Executiva da Conception X, o principal programa de risco do Reino Unido para estudantes de doutoramento que pretende criar empresas na área deep tech. Com um doutoramento em Neurociências da Universidade de Oxford, trabalhou tanto em ciência computacional como em tecnologia médica. Foi cofundadora de duas startups antes da Conception X.

Desde 2018 que Riam Kanso tem como missão alavancar o poder das universidades e dos estudantes de doutoramento para criar empresas que abordem questões globais como a energia e a saúde. A Conception X é atualmente a única plataforma universitária independente que transforma doutorados em “Venture Scientists”, o mesmo é dizer cientistas que transformam a investigação original em produtos impactantes e escaláveis, fazendo a ponte entre o laboratório e o mercado.

Paulo Justino fecha o lote de convidados. Fundou em 2013 a FCJ Venture Builder, uma multinacional que conecta investidores, startups, corporações e universidades para desenvolver negócios inovadores. A empresa é líder do segmento na América Latina e possui 45 corporate venture builders no seu portfólio, algumas delas fora do Brasil.

Foram ainda convidadas todas as spin-offs da FEUP, sendo que já confirmaram presença os principais responsáveis da Addvolt, Everythink, Mice, Amnis Pura, Sea More Tech, Azitek, Carbopora, Plantz, Wisify, Halius, Connect Robotics e Pixel Voltaic.

Para mais informações, consultar o programa da sessão.