Após dois anos de suspensão devido à pandemia, a Queima das Fitas do Porto está de volta a partir da madrugada deste domingo. A edição deste ano da grande festa da Federação Académica do Porto (FAP) decorrerá de 1 a 7 de maio e conta com um programa recheado de atividades pensadas para os atuais estudantes, mas também para os que não tiveram oportunidade de viver a sua Queima de finalistas nestes últimos dois anos.
Como manda a tradição, a Queima das Fitas arranca às 00h01 na madrugada de domingo, 1 de maio, com a Monumental Serenata, no Largo Amor de Perdição (à Cordoaria), o mesmo palco que, algumas horas depois, pelas 11h01, vai acolher a Missa da Bênção das Pastas. Pela noite, às 21h31, o Teatro Sá da Bandeira recebe a 23.ª edição do Encontro de Coros da Academia do Porto, com entrada gratuita para toda a comunidade estudantil.
Na segunda-feira, dia 2 de maio, a partir das 14h01, será comemorado o Dia da Beneficência, no qual os estudantes percorrem a cidade para recolher donativos para causas de solidariedade social. De noite, às 21h01, o Auditório do Seminário de Vilar acolhe o Concerto Promenade, cujo bilhete tem o custo de 6 euros.
Chega terça-feira, 3 de maio, e chega também o momento alto da semana. Com início às 14h01, o Cortejo Académico terá um percurso mais curto que o habitual devido às obras da nova linha de Metro do Porto.
Tendo como ponto de encontro a Praça da República, o Cortejo deste ano vai arrancar Rua de Camões, descendo depois até à Praça General Humberto Delgado no cimo da Avenida dos Aliados, onde vai estar localizada a tribuna. São 450 metros de um percurso que estará repleto de estudantes a desfilar com as cartolas e bengalas de todas as cores da Academia do Porto.
Na quarta-feira, 4 de maio, a partir das 20h01, a festa dos estudantes volta ao Teatro Sá da Bandeira para celebrar a 33.ª edição do FITA – Festival Ibérico de Tunas Académicas. E regressa novamente na noite de 5 de maio, para o tradicional Sarau Cultural, com início marcado para as 21h01 e entrada gratuita.
Já na sexta-feira, 6 de maio, é a dançar que os estudantes finalistas vão comemorar o final do percurso académico. O palco será o Baile de Gala que terá lugar na Quinta do Geraldino, a partir das 19h01.
Para terminar, no dia 7 de maio (sábado), haverá ainda um Rally Paper à descoberta do Grande Porto (13h01) e o Chá Dançante, destinado aos estudantes que se encontram no penúltimo ano do curso. Este evento vai decorrer na Quinta do Vieira a partir das 17h01.
Uma Queima das Fitas para todos os estudantes
Ana Gabriela Cabilhas, presidente da Federação Académica do Porto (FAP), promotora do evento, reconhece que, após duas edições canceladas devido à pandemia, “esta é uma Queima das Fitas destinada aos estudantes de hoje da Academia, mas também para todos os outros que não tiveram oportunidade de viver a sua Queima de finalistas nestes últimos dois anos de pandemia”.
De resto, a também estudante da Universidade Porto realça que “a FAP está comprometida em trazer um evento de grande qualidade e inovador, com a responsabilidade e rigor que tem pautado o nosso modo de atuação”.
Recorde-se que a Queima das Fitas do Porto tem as suas origens nos anos 20 do século XX, mas foi em 1946 que as faculdades de Ciências, Medicina, Engenharia e Farmácia da U.Porto protagonizaram o primeiro cortejo académico em conjunto. Interrompida entre 1971 e 1978, a Queima das Fitas do Porto celebrou 41 edições consecutivas até 2019, instituindo-se como “a segunda maior festa da cidade do Porto e a maior festa Académica do País”.