Após passagem por Lisboa, a exposição de arte experimental COPRAXIS está agora patente no átrio do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S). Inaugurada no passado dia 1 de abril, a mostra reúne obras realizadas por oito artistas a partir de um período de residências artísticas no i3S, em conjunto com colaboradores científicos, e na Ectopia – Laboratório de arte experimental, em Lisboa.

Com curadoria de Maria Manuela Lopes e Júlio Borlido Santos, a exposição conta com obras dos artistas Adam Zaretsky, Ana Santos, Dalila Honorato, Gilberto Reis, João Dias, José Alberto Gomes, Moirika Reker e Paulo Bernardino Bastos.

Os vários trabalhos contaram ainda com a colaboração científica dos investigadores do i3S, Carlos Conde, Elsa Logarinho, Eurico Morais de Sá, Mónica Sousa e Sofia Lamas.

Arte e Ciência em diálogo

O projeto COPRAXIS tem como objetivo impulsionar a criação em artes visuais, decorrente de um processo experimental na interseção entre arte/ciência/tecnologia. Deste cruzamento de experiências e do diálogo com a investigação científica em ciências da vida procurou-se igualmente o desenvolvimento de formas de discurso e um pulsar artístico inovador. Além das residências com oito artistas, o objetivo é realizar também três sessões Hybrid entre artistas e investigadores.

A primeira sessão realizou-se em janeiro e consistiu numa action paiting acompanhada de música ao vivo na entrada do edifício do i3S. A sessão, sob o título de “Enrichment for Scientists”, seguiu um protocolo de experimentação artística e contou com a performance de vários investigadores do i3S, incluindo Elsa Logarinho, Carlos Conde, Eurico Sá, Mónica Sousa, Pedro Brites, Claudio Sunkel, entre outros, coordenados pelos artistas Adam Zaretsky, Paulo Bernardino Bastos e João Tiago Dias.

Nesta sessão, artistas e cientistas colaboraram para produzir uma paisagem sonora e traduzir a performance sonora em arte plástica. Por sua vez, a pintura abstrata ao vivo influenciou o acompanhamento musical, também baseado numa proposta experimental de John Cage.

Seguiu-se um debate, em fevereiro, entre os artistas residentes e os investigadores do i3S centrado nos assuntos e pulsões que as obras em desenvolvimento sugeriram.

A última sessão de debate está programada para o mês de abril, durante a qual serão partilhadas e discutidas as experiências individuais decorrentes deste projeto de fusão de áreas.

A exposição do projeto COPRAXIS, financiado no âmbito do programa Garantir Cultura, do Fundo de Fomento Cultural da República Portuguesa – Ministério da Cultura, está aberta ao público até ao próximo dia 22 de abril, no átrio do i3S (Rua Alfredo Allen, Porto). A entrada é livre.