Daniela Braga, alumna da U.Porto, foi uma das 12 personalidades selecionadas pela Administração Biden para integrar a National Artificial Intelligence Research Resource Task Force dos Estados Unidos da América.
Esta task force terá como tarefa principal a “construção de um guião para alargar o acesso a recursos essenciais e ferramentas educacionais com o objetivo de promover a inovação em Inteligência Artificial e a prosperidade económica dos EUA”.
O grupo está incumbido de apresentar relatórios ao Congresso Norte-Americano com recomendações para estabelecer uma estratégia nacional e um plano de implementação para o desenvolvimento dos recursos do país em Inteligência Artificial, incluindo “capacidades técnicas, governança, administração e avaliação, bem como requisitos de segurança, privacidade, direitos civis e liberdades civis”.
A antiga estudante da U.Porto, cuja startup DefinedCrowd se tem notabilizado no campo da Inteligência Artificial, é um dos apenas quatro membros desta Task Force selecionados do setor privado, sendo os restantes membros escolhidos como representantes de agências governamentais e de instituições de ensino superior. Além de Daniela Braga, fazem parte deste grupo Erwin Gianchandani (National Science Foundation), Lynne Parker (Gabinete de Políticas de Ciência e Tecnologia da Casa Branca), Mark Dean (reformado, antigamente da IBM e da University of Tennessee), Oren Etzioni (Allen Institute for AI), Julia Lane (New York University), Fei Fei Li (Stanford University), Andrew Moore (Google), Michael Norman (University of California, San Diego) Dan Stanzione (The University of Texas at Austin), Frederick Streitz (Ministério da Energia dos EUA), Elham Tabassi (National Institute of Standards and Technology).
Uma startup no top mundial da Inteligência Artificial
Daniela Braga é licenciada em Língua Portuguesa e Literatura pela Faculdade de Letras (FLUP) e, de 2001 a 2006, foi investigadora da Faculdade de Engenharia (FEUP). É também fundadora da startup DefinedCrowd, uma empresa com sede em Seattle e escritórios no Porto, Lisboa e Tóquio, que já esteve instalada na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da U.Porto. A sua área de atividade desenrola-se em torno da oferta de uma plataforma inteligente de recolha, enriquecimento, processamento e transformação de dados para sistemas de Inteligência Artificial (IA) e Aprendizagem Automática.
A DefinedCrowd assegurou, em 2019, a maior ronda de investimento série B alguma vez levantada por uma empresa ligada à Inteligência Artificial e fundada por uma mulher, nos Estados Unidos. Foi ainda incluída no top 50 das empresas de inteligência artificial mais promissoras da Forbes America e classificada como uma das 100 maiores startups de IA mais promissoras do mundo pela CB Insights.
Em 2019, Daniela Braga foi vencedora do Prémio João Vasconcelos – Empreendedor do Ano, um galardão no valor de 10 mil euros que premeia e oferece suporte a empreendedores de projetos incubados na Startup Lisboa ou com atividade no concelho de Lisboa. No ano seguinte, recebeu o Prémio E&Y Empreendedor do Ano Pacific Northwest 2020.
Daniela Braga participa igualmente na Rede de Especialistas do Fórum Económico Mundial, que alia os especialistas que mais se destacaram pela sua experiência empreendedora e liderança de pensamento em inteligência artificial. Antes da mudança para os Estados Unidos, a alumna da U.Porto viveu em Espanha e na China. Já trabalhou na VoiceBox Technologies e na Microsoft e foi palestrante convidada na Universidade de Washington.