Dois trabalhos jornalísticos da autoria de Inês Loureiro Pinto e Sofia Neves, ambas licenciadas em Ciências da Comunicação – ramo Jornalismo pela Universidade do Porto, foram distinguidos no âmbito da 5ª edição do Prémio “Jornalismo em Saúde”, promovidos pela Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (APIFARMA) e pelo Clube de Jornalistas.
A necessidade de desfragmentar o SNS, um melhor aproveitamento do potencial da tecnologia e a existência de um sucessor do homo sapiens são alguns dos temas abordados no artigo “E depois da pandemia: Como vamos encarar o SNS e a saúde pública?”, que valeu a Inês Loureiro Pinto a conquista do Prémio “Universitário Revelação”, no valor de 1.000 euros
O artigo publicado em maio de 2020 no JornalismoPortoNet (JPN) surgiu de um desafio proposto pelas editoras do jornal online do curso de Ciências da Comunicação, que consistia em escrever “uma série de artigos à volta do tema “E depois da pandemia”, tentando “antever as mudanças e constantes que podemos esperar do outro lado, focando em saúde, transportes, trabalho, lazer e educação”.
Inês Loureiro Pinto começou por desenvolver o seu trabalho “mergulhando num mar de artigos e materiais sobre saúde pública”. Posteriormente, esboçou os pontos-chave que lhe permitiram definir as fontes às quais deveria recorrer. “Penso que a maior dificuldade foi integrar toda a informação, que variou da estruturação do SNS à teoria do surgimento do homo salus“, refere a recém-licenciada em Ciências da Comunicação.
A agora jornalista da Farol de Ideias considera “motivador para alguém a começar no jornalismo saber que há prémios e, mais importante, atenção dos grandes jornalistas para trabalhos académicos”.
Inês Loureiro Pinto deixa ainda um conselho a todos aqueles que pretendem seguir a área do Jornalismo, mesmo em tempo de pandemia: “Que se mantenham curiosos. Há histórias em todo o lado e, mesmo (mais) fechados em casa, temos toda a informação que quisermos (e mesmo a que não queremos) na janela do computador. E teremos sempre as janelas para o mundo real. É só espreitar”.
A edição deste ano dos Prémios “Jornalismo em Saúde” distinguiu ainda – na categoria Jornalismo Digital – o trabalho “O caso da fábrica de calçado: Como se desenrolou um dos primeiros surtos de covid-19 em Portugal?”, da autoria de Sofia Neves, também ela alumna da licenciatura em Ciências da Comunicação da U.Porto e jornalista do Público.
O artigo publicado em novembro de 2020 e agora premiado com 2.500 euros consiste na análise detalhada de um surto numa fábrica de calçado de Felgueiras, em março de 2020, que originou 33 casos de COVID-19 e levou ao isolamento de 700 pessoas. Também são explorados outros dois surtos – um num lar e outro numa obra de construção civil.
Sobre o Prémio “Jornalismo em Saúde”
O Prémio “Jornalismo em Saúde” foi criado em 2016 pela APIFARME e pelo Clube dos Jornalistas e distingue anualmente os melhores trabalhos jornalísticos na área da saúde publicados em Portugal. As categorias existentes são Imprensa, Rádio, Televisão e Jornalismo Digital.
O vencedor de cada categoria recebe um prémio no valor de 2.500 euros. Há ainda um prémio adicional no valor de 5 mil euros a ser atribuído ao melhor trabalho em concurso.
Existe ainda o Prémio “Universitário Revelação”, no valor de 1000 euros, direcionado aos melhores trabalhos desenvolvidos em ambiente académico, realizados por recém-licenciados em Comunicação Social e Jornalismo.