É a nova linha de orientação no mundo globalizado e completamente transversal a todos os setores de atividade: a economia circular passou a fazer parte das diretivas europeias e já se fala na necessidade de repensar todo o modelo socioeconómico e a forma como quase tudo funciona. Um grupo de especialistas vai estar na Faculdade de Engenharia da U.Porto (FEUP), de 29 a 31 de outubro, no âmbito do Business & Innovation Network (BIN@Porto) para debater o tema.
Serão três dias inteiramente dedicados a debater a transversalidade e a nova ordem mundial promovida pela Economia Circular – com investigadores de todo o mundo – nas mais diversas áreas: na tecnologia, no ensino, nos negócios, na arquitetura, no design, na forma como nos relacionamos uns com os outros… O desafio passa sobretudo por preparar os atuais e futuros profissionais para uma nova forma de estar em sociedade.
Muito mais do que a gestão de resíduos e da reciclagem, a Economia Circular é uma autêntica mudança de paradigma que assenta no redesenho de processos, produtos e novos modelos de negócio, numa lógica de otimização de recursos. Para a organização do BIN@Porto este era um tema incontornável não só porque permite a discussão em várias áreas do conhecimento, mas sobretudo pelo enorme desafio que representa à escala mundial: a Economia Circular é um catalisador para a competitividade e inovação. “A circularidade é um imperativo de consciência da nossa sociedade. Se falharmos na sua implementação estaremos a comprometer o futuro das próximas gerações”, assume Pedro Coelho, coordenador geral da rede BIN.
O que vai ser possível debater no BIN@Porto 2018? numa incursão pelo vasto programa do evento, o destaque vai para as Open Sessions do dia 29, que vão abordar sobretudo a transversalidade ligada à economia circular: nas cidades, nos transportes, no design, com exemplos práticos de empresas onde já se pensa e produz de acordo com esta novo paradigma: IKEA, VEOLIA Portugal, BONDALTI e VALE (Clydach Nickel Refinery).
Para o final da tarde está marcada uma visita ao Centro Empresarial da Lionesa, uma unidade empresarial de referência do Norte do país, que acolhe mais de uma centena de empresas e cerca de 5 mil colaboradores. Os participantes terão oportunidade de conhecer o ambicioso plano de desenvolvimento do Centro e visitar a Retail Consult e a multinacional VESTAS.
O dia 30 de outubro vai ser preenchido com 12 Action Tanks: o principal objetivo é promover uma discussão temática, centrada na aplicação real das tecnologias, diretamente com especialistas em setores como os bioplásticos, a energia, os têxteis, a mobilidade, a construção, o agronegócio, as águas residuais, a logística, etc.
Para o último dia, 31 de outubro, está reservada uma mostra tecnológica no Parque de Ciência e Tecnologia da U.Porto (UPTEC), constituída maioritariamente por start-ups. Estão agendadas reuniões b2b, apresentações em modo de Pitch (iniciativa UPTEC NON STOP), debates. É uma oportunidade única para estabelecer parcerias e negócios, sem interlocutores.
O programa está disponível aqui.
O que é o BIN?
A rede BIN@TM – Business and Innovation Network – é uma parceria internacional de Open Innovation que conta já com mais de 3500 delegados, distribuídos por mais de 60 países. Fundada em 2010 e assente num memorando de entendimento entre as universidades do Porto, Sheffield e São Paulo, cujos princípios são também subscritos por outros parceiros institucionais. A rede tem por pressupostos a partilha de conhecimento numa lógica de inovação aberta, suportada no estabelecimento de relações de confiança.
Ao promover a cooperação na investigação aplicada, a inovação aberta e a internacionalização das empresas de base tecnológica, a rede BIN@ assume um papel facilitador na ligação entre os ecossistemas de inovação dos seus membros. As atividades da rede focam-se na identificação de oportunidades de inovação, na organização de missões científicas e tecnológicas e na criação de condições para a internacionalização das start-ups empresariais nascidas no ambiente académico.