São 2471 estudantes provenientes de 76 países e, ao longo de 2017/2018, estudaram ou estão a estudar na Universidade do Porto ao abrigo de programas de mobilidade no Ensino Superior. Estes são os dados que pintam aquele que é o maior contingente de sempre de estudantes de mobilidade a estudar na U.Porto, no mesmo ano letivo, e que reflete o sucesso da estratégia de internacionalização que vem pautando a vida da instituição ao longo da última década.
Numa altura em que os dados ainda não estão totalmente fechados, está já garantida nova ultrapassagem da barreira dos 2000 estudantes que, no mesmo ano, escolhem as faculdades da U.Porto para completar um período da sua formação académica ao abrigo de acordos de cooperação ou de programas como o famoso Erasmus +. Entre as faculdades que este ano recebem mais estudantes destacam-se Engenharia (517) e Letras (407), seguidas de Economia (258), Direito (174), Psicologia e Ciências da Educação (166), Ciências (150), Belas Artes (139), ICBAS (128), Arquitectura (118), Desporto (110), Farmácia (107), Medicina (105), Ciências da Nutrição e Alimentação (64) e Medicina Dentária (26).
Na comparação dos resultados deste ano com os de anos anteriores, verifica-se então que nunca a U.Porto acolheu tantos estudantes de mobilidade como este ano letivo. Só nos últimos cinco anos – entre 2013 e 2018 – , o número de estudantes que escolheram a Universidade para realizar um período de mobilidade subiu de cerca de 1750 para perto de 2.500, registando um aumento contínuo de ano para ano (1.747 em 2014, 1.784 em 2015, 2.019 em 2016 e 2.302 em 2017).
Para Maria de Fátima Marinho, Vice-Reitora da U.Porto com o pelouro das Relações Externas, o sucesso da Universidade neste domínio reflete, desde logo, a popularidade do “fenómeno «Erasmus»”. “Hoje, há países em que não se concebe uma licenciatura universitária sem um período de mobilidade. Esta experiência internacional tornou-se fundamental para a formação integral dos estudantes”, aponta a responsável.
O resto da explicação assenta na forte aposta que a U.Porto vem fazendo na área da mobilidade académica, fruto do esforço conjunto de “docentes, estudantes e a equipa das Relações Internacionais”. Uma receita que, segundo Maria de Fátima Marinho, se traduz num “ótimo acolhimento aos estudantes de mobilidade” e que, “aliado às atrações da cidade, ao clima ameno e ao ambiente cosmopolita, mas seguro, que se vive no Porto, contribui forçosamente para aumentar todos os anos a procura internacional”.
No “mapa” das proveniências dos estudantes de mobilidade da U.Porto, o Brasil é, com muita distância, o país mais representado, superando pela primeira vez a barreira dos 1000 estudantes (1.021) a realiza uma mobilidade na U.Porto. Uma realidade que não surpreende Maria de Fátima Marinho, para quem “esta procura deve-se a diversos fatores, de entre os quais importa destacar o facto de haver uma língua comum e a crescente instabilidade e insegurança que se vive no país. Estes dois fatores conjugados e ainda uma certa atratividade que Portugal sempre teve para os brasileiros colocam-no como o país de referência quando de estudantes internacionais se fala.”
O “top 3” dos países que mais “exportam” para a U.Porto é fechado pela Itália (234) e pela Espanha (230), que perde a vice-liderança que detinha há vários anos. Alemanha (102), Polónia (98), República Checa (70), França (69) e Turquia (54) são outras nações em destaque numa listagem que inclui países como o Bangladesh, China, Mongólia, Japão, Paquistão, Israel, Porto Rico ou o Vietname, num total de 76 nacionalidades representadas. Nota ainda para os 34 estudantes portugueses que optaram por deixar as suas instituições de origem para cumprir um período de estudos no Porto ao abrigo do Programa Almeida Garrett.
O retrato da comunidade internacional da U.Porto não fica completo sem os cerca de 1700 estudantes estrangeiros que estão já na Universidade a realizar um curso completo ou a desenvolver a sua atividade científica. Até final do ano letivo, a U.Porto espera assim acolher mais de 4000 estudantes e investigadores internacionais, número que representa mais de 14% de toda a comunidade académica.
Todos estes números serão celebrados no próximo dia 22 de fevereiro, a partir das 15h00, durante a Sessão de Boas-Vindas aos 1.017 estudantes de Mobilidade IN que chegam à Universidade no segundo semestre letivo. A sessão decorre na Reitoria da Universidade do Porto e contará com intervenções do Reitor e Vice-Reitora, seguindo-se de um lanche convívio no pátio interior do edifício (caso o tempo assim o permita) para marcar a chegada à Universidade e à Cidade de acolhimento. Como vem sendo costume, a animação ficará a cargo da Tuna da Faculdade de Direito (TAFDUP).