Criada em 1961, a Faculdade de Letras da U.Porto (FLUP) teve uma “primeira vida” no início do século XX. Em pouco mais de dez anos – 1919 a 1931 -, e apesar de funcionar em condições precárias , a primeira Faculdade de Letras produziu uma enorme riqueza intelectual, espelhada nas atividades desenvolvidas e na excelência dos seus protagonistas. É esse legado que é recuperado em “O Milagre da Quinta Amarela – História da Primeira Faculdade de Letras da Universidade do Porto (1919-1931)”, livro editado pela U.Porto Editorial e que vai ser apresentado no próximo dia 27 de março, na Reitoria da U.Porto.
Nesta obra, Pedro Baptista, antigo estudante e atual investigador do Instituto de Filosofia da FLUP, procura dar a compreender o processo de fundação da primeira Faculdade de Letras. Pelo meio, traça os perfis biográficos de alguns dos seus estudantes e professores mais ilustres, personalidades que se distinguiram pela excelência em diferentes ramos das ciências sociais e humanas.
Fundada por Leonardo Coimbra, e contando com professores como Augusto Ferreira Nobre, Damião Peres, Newton de Macedo, Francisco Torrinha, Magalhães Basto ou Mendes Correia, e estudantes como Adolfo Casais Monteiro, Agostinho da Silva, Delfim Santos e Sant’Anna Dionísio, entre outros, a primeira Faculdade de Letras deixou um duradouro legado de vitalidade intelectual e académico. Para além de dar conta deste património, o livro possibilita, simultaneamente, um melhor entendimento do complexo contexto político e social das primeiras décadas do século XX português.
“O Milagre da Quinta Amarela – História da Primeira Faculdade de Letras da Universidade do Porto (1919-1931)” editado no âmbito das Comemorações do Centenário da U.Porto, nas quais se procurou celebrar e valorizar o passado da instituição, nomeadamente através da edição de um conjunto de livros que versam diferentes aspetos da história da Universidade.
Com entrada livre, a sessão de apresentação realiza-se na sala da biblioteca do edifício da Reitoria da Universidade do Porto, sita na Praça Gomes Teixeira, no Porto. A apresentação será feita por Arnaldo Pinho, professor jubilado da Universidade Católica.
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