
“Possessão”, obra icónica de Paula Rego, estará em análise a 7 de março, em Serralves, durante o painel central do Tríptico do Corpo.
Depois da Luz, é a vez do Corpo ser celebrado pelo olhar artístico de nove figuras da Universidade do Porto e de diferentes setores da sociedade portuguesa… A partir desta quarta-feira, 6 de março, e até sexta-feira, passa por aí a proposta do segundo momento do “Tríptico“, o ciclo de conferências / exposição organizado pela Universidade do Porto, do Museu de Arte Contemporânea de Serralves e do Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR), que recupera uma organização clássica na história da arte: a possibilidade de uma obra se dividir em três painéis.
O Tríptico do Corpo arranca já esta quarta-feira, 6 de março, no MSNR. O “Desterrado”, obra marcante de Soares dos Reis, é o ponto de partida para um primeiro painel em que Bernardo Pinto de Almeida(docente da Faculdade de Belas Artes da U.Porto), Mário Cláudio (escritor) e Augusto Santos Silva (sociólogo) vão refletir sobre as várias dimensões do corpo: desde o abandono romântico ao exílio (político, social ou interior). Um dia depois, o painel “central” deste tríptico discute-se em Serralves (7 de março), sob influência de um políptico: “Possessão”, obra de Paula Rego. Ricardo Nicolau (crítico e curador do MACS), João Lopes (cineasta e crítico de imagem) e Eurico Figueiredo (psiquiatra, psicanalista e docente da U.Porto) são os convidados.
A encerrar o ciclo dedicado ao Corpo, mais três conferencistas passam na sexta-feira, 8 de março, pelo Salão Nobre da Reitoria da U.Porto: António Sousa Pereira (professor de Anatomia e director do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar), João Teixeira Lopes (sociólogo e professor da Faculdade de Letras da U.Porto) e o coordenador da Unidade de Robótica do INESC/ISEP, Eduardo Silva. A obra em análise será uma “Preparação Anatómica” (realizada por António Costa e Silva) pertencente ao espólio dos museus da Universidade.
Iniciado a a 27 de fevereiro e comissariado por Paulo Cunha e Silva, o “Tríptico” resulta então de uma parceria inédita entre a U.Porto, o Museu de Arte Contemporânea de Serralves e o MNRS. Em cada um dos três trípticos que compõem o evento, também eles compostos por três painéis, uma diferente obra direciona a atenção e a intervenção dos conferencistas: uma obra de arte “não-contemporânea” (vinda do MNSR), uma obra de arte contemporânea (proveniente de Serralves) e uma obra de registo científico (proveniente dos Museus da U.Porto).
Depois do Tríptico do Corpo, arte e ciência voltam a encontrar-se de 13 a 15 de março, no Tríptico da Morte que encerrará o ciclo de conferências. Entre as figuras presentes estarão nomes como Eduardo Paz Barroso (crítico de arte), António Pinho Vargas (músico) e Manuel Sobrinho Simões (director do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da U.Porto), Daniel Serrão (médico) e Rui Moreira (presidente da Associação Comercial do Porto).
A entrada nas sessões do “Tríptico” é gratuita para estudantes e para a comunidade docente e não-docente da Universidade Porto.Os bilhetes podem ser levantados na Reitoria da U.Porto (Departamento de Cultura, Desporto e Lazer da U.Porto).
O programa completo pode ser consultado aqui.
Vídeo: TVU.