A história passa-se há 2200 anos, em que Rubínia, com uma determinação avassaladora, parte à procura de Tongídio. É desse amor singular a uma pátria de afetos, que nasce “Por Ti Seguirei”, título do novo livro de Jorge Pópulo, responsável pelo Arquivo e Museu do Serviço de Documentação e Informação da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).
“A ação tomou como gesta uma primeira tentativa de Aníbal (célebre general cartaginês) de atingir Roma pelo continente, galgando Pirenéus, Gália e Alpes, a qual – neste meu imaginário – resultou num fracasso, e instigou Rubínia, a mover terra e céu na demanda do seu marido, Tongídio (que integrara a hoste lusitana), desaparecido na malograda expedição. A partir deste ponto de ignição, cresceu o drama, a ação, e misturaram-se as personagens e os episódios, ampliando exponencialmente os efeitos e os resultados expectáveis inicialmente, passando de um amor singular a uma pátria de afetos, pelo envolvimento de toda a Ibéria”, revela Jorge Pópulo.
O conto histórico de “Por Ti Seguirei” começou, cresceu e terminou, como um acumular de episódios publicados no seu blogue. Para além da criação romancista, o escritor teve como objetivo “desenhar ´postais´ do quotidiano e imagens históricas” e “provocar a imaginação para os costumes, rotinas, crenças, rituais, sentimentos, vida material, afetos às gentes desse passado remoto”. A busca pelo retrato da época e o compromisso em manter-se fiel à mescla do conhecimento histórico e da idealização fantástica levou-o a ter a um controlo do vocabulário e cuidado para não cometer anacronismos, o que é “uma árdua tarefa”, como confessa o autor.
A obra, publicada pela Edita-Me, vai ser lançada no próximo dia 8 de dezembro, às 16 horas, no Café-Teatro Rivoli, no Porto.
Quem é Jorge Pópulo?
Jorge Pópulo é formado em Ciências Históricas e Ciência da Informação e, em 2009, lançou o seu primeiro livro, “O Oráculo do Fogo”. Como fonte de inspiração destaca a perceção do mundo e as vivências que recebe da vida. “O gosto por desenhar o imaginário em palavras e o prazer de congregar e conjugar letras” também justificam a paixão pela escrita.