Começou a carreira académica na Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) em 1992 e, desde então, Catarina Roseira tem construído um percurso profissional que se divide entre a academia e o mundo empresarial.
Licenciada em Relações Internacionais pela Universidade do Minho (1987) e Doutorada em Gestão pela FEP (2006), entre outras formações obtidas na U.Porto (Mestrado e MBA), esta portuense de gema “respira” Marketing, Estratégia, Empreendedorismo e Análise de Casos de Negócios. São estas as principais disciplinas que leciona em programas de pós-graduação, mestrado e doutoramento na FEP, bem como na Porto Business School.
Das salas de aulas para o mundo de negócios, o nome de Catarina Roseira está também ligado à Quinta do Infantado, a empresa vinícola da qual é coproprietária e onde trabalhou na área de marketing e vendas durante mais de uma década (1987-2000). Como sócia, contribui para a conceção da estratégia da empresa, nomeadamente ao nível do marketing.
A associação de Catarina Roseira ao mundo empresarial está igualmente patente na ligação que mantém com o FEP International Case Team (FICT), organismo estudantil que representa a Faculdade e a Universidade em competições internacionais de resolução de casos de negócio, e no qual assume, desde 2013, o papel de advisor.
A vitória recente na University of Washington Global Business Competition comprova o percurso de sucesso que tem vindo a ser trilhado desde 2007. “Como advisors das equipas, a Professora Renata Blanc e eu testemunhamos a excelente imagem que os nossos estudantes criam em todas as competições em que participamos. A reputação que temos acumulado é um capital precioso para a promoção do reconhecimento e prestígio nacional e internacional da FEP e da Universidade do Porto”, destaca.
A dar aulas, nos negócios ou a gerir os novos talentos da FEP, o “lema” de Catarina Roseira passa por “ter um impacto positivo nas vidas das pessoas com as quais me cruzo”. Uma máxima que, em breve, terá a oportunidade de aplicar enquanto membro do recém-criado Conselho Consultivo do Turismo do Porto e Norte de Portugal.
– Naturalidade? Porto
– Idade? 55 anos
– De que mais gosta na Universidade do Porto?
Da qualidade, diversidade e empenho das pessoas que aqui estudam e trabalham, causa maior da excelência da formação e produção científica e artística que tanto nos orgulha. Para além dos seus percursos individuais, o cruzamento dos seus saberes, experiências e mundividências tem um potencial de criação de valor extraordinário.
– De que menos gosta na Universidade do Porto?
Do pouco conhecimento do que se faz fora do nosso ‘silo’ e da escassa colaboração interdisciplinar que daí resulta. Não gosto da pouca abertura à comunidade, às empresas e outras organizações. Não gosto dos processos burocráticos que resultam em desperdício de tempo, que podia ser aplicado em atividades mais valiosas.
– Uma ideia para melhorar a Universidade do Porto?
Mais abertura e partilha entre as unidades de orgânicas e com a comunidade, criando inventivos que valorizem efetivamente essas colaborações nos percursos profissionais de professores, investigadores e colaboradores.
– Como prefere passar os tempos livres?
A viajar; a fazer caminhadas na natureza; e a conviver com família e amigos, de preferência na companhia de um bom prato e de um bom vinho.
– Um livro preferido?
Tenho muitos. “A Conspiração Contra a América” do Philip Roth é um deles e lembra-nos da fragilidade da democracia. Recentemente, tenho andado prazerosamente à volta da Zadie Smith. Adoro policiais.
– Um disco/músico preferido?
Tenho um gosto muito eclético, que passa pela música clássica, blues, rock, rap…não gosto de música tecno e eletrónica. Ouço os “Verdes Anos” de Carlos Paredes sempre com emoção. Se tivesse que escolher um compositor para ouvir para o resto da vida, seria provavelmente Bach.
– Um prato preferido?
Muitos. Para referir só um: pataniscas de bacalhau com salada de feijão frade.
– Um filme preferido?
Muitos. Nomeio alguns de que gosto muito: Voando sobre um ninho de cucos, Os Condenados de Shawshank, Melhor é impossível, Parasitas…
– Uma viagem de sonho?
Várias e sem ordem específica: Nova Zelândia, Patagónia, Vietname… a lista é muito grande.
– Um objetivo de vida?
Ter um impacto positivo nas vidas das pessoas com as quais me cruzo.
– Uma inspiração? (pessoa, livro, situação…)
Duas: Nelson Mandela e o meu Pai.