Uma viagem pela história da Humanidade, com passagem pelos cinco continentes, e sem precisar de sair de casa! E tudo para conhecer os meandros, segredos e manifestações culturais de “Terras sem fim” à vista. É, nem mais, nem menos, isto que lhe propomos com o novo podcast do Notícias U.Porto, “inspirado” nas peças que integram o valioso espólio do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto (MHNC.UP).

Sobre o processo de mumificação no antigo Egipto, de ser moroso e obedecer a rituais específicos, já sabíamos… Mas conhece os vasos de vísceras utilizados que eram essenciais à preservação dos órgãos do morto? Eram, de resto, cruciais para a vida no além… E estavam protegidos pelos quatro filhos de Hórus.

Da coleção da Melanésia, única na Península Ibérica, vemos uma armadilha para apanhar tubarões, que mais parece uma hélice. Esta peça leva-nos a perceber o papel do tubarão na Papua Nova Guiné. Essencial na cultura Malangan, a cerimónia de pesca do tubarão é também um ritual de passagem para os rapazes. Só depois de ter capturado o primeiro tubarão, o jovem é aceite no seio da comunidade como um adulto. Nesse dia o rapaz deixa o seu “antigo eu” nas águas e passa a ser “aquele que sabe apanhar um tubarão”.

A música, já sabemos, faz parte do ser humano, em qualquer parte dos cinco continentes. E,  na Melanésia as cerimónias tendem a ser exuberantes, tentando impressionar quem assiste, sempre acompanhadas de música e dança. Altura para ficar a conhecer um tambor que não funciona por percussão, mas sim, por fricção.

Quer conhecer mais? É ouvir, semanalmente, cada episódio conduzido por Rita Gaspar, curadora das coleções de Arqueologia, Etnografia e Antropologia biológica do MHNC-UP. E conhecer um pouco do espólio do Museu, assim como algumas das peças de arqueologia, antropologia e etnografia que pertencem à exposição “Culturas e Geografias”, patente, até 27 de dezembro, no polo central do MHNC-UP, localizado no edifício da Reitoria da U.Porto.

Originalmente, estas peças foram utilizadas como suportes de ensino em três salas-museu da “primeira” Faculdade de Letras da U.Porto (1919-1931). Quando a FLUP fechou portas por ordem da Ditadura Militar que governava o país, em 1931, a escola disponha já de um museu com um considerável acervo museológico e artístico de cerca de 700 peças.

Todo este espólio foi distribuído por outros museus, nomeadamente o da Faculdade de Ciências da U.Porto. Hoje, e já sob a guarda do MHNC–UP, estas peças encontram-se novamente reunidas.  São “pedaços da história” que desenham um “mosaico” dos cinco continentes.

O podcast “Terras sem Fim” resulta de uma parceria entre a Casa Comum da U.Porto  e o Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto.