A investigadora Catarina Azevedo, do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S), foi distinguida recentemente com um financiamento da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) para estudar a progressão do cancro colorretal. Este apoio, no valor de quase sete mil euros, vai permitir à também estudante do doutoramento em Ciências Biomédicas do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) desenvolver, durante nove meses, trabalho experimental na Universidade de Pittsburgh, nos EUA.

No âmbito do seu projeto de doutoramento, intitulado “Reprogramming of T cells Glycosylation: a novel immunotherapeutic strategy for Colorectal Cancer Prevention”, Catarina Azevedo pretende explorar o impacto da glicosilação das células T na progressão do cancro colorretal.

Para isso, a jovem investigadora  irá “investigar se a modulação de vias especificas da glicosilação nestes linfócitos constitui uma oportunidade única para controlar a sua atividade e função, de forma a ser utilizada como uma nova imunoterapia”.

No laboratório do investigador Greg Delgoffe, explica Catarina Azevedo, “poderei tirar partido de uma técnica estabelecida neste grupo, que permite a modulação genética da glicosilação das células T e avaliar a sua capacidade anti-tumoral”.

Para a estudante e investigadora, o reconhecimento do seu trabalho por parte de uma instituição como a FLAD representa “uma enorme honra”, mas também “um desafio muito motivador e impulsionador dos próximos passos na minha carreira como investigadora”.

Para além disso, acrescenta, “sublinha mais uma vez a qualidade da investigação na área da imunologia e cancro desenvolvida no grupo «Immunology, Cancer & GlycoMedicine», liderado pela investigadora Salomé Pinho, onde estou a fazer o meu trabalho”.

Aproximar Portugal e os Estados Unidos

No contexto deste programa de bolsas, a FLAD selecionou mais 13 candidatos portugueses para rumarem aos Estados Unidos para estágios de investigação em diferentes instituições americanas.

Estes estágios devem incidir em temas científicos ou tecnológicos inovadores, devendo ainda contribuir para a aproximação de instituições portuguesas e norte-americanas de modo a incrementar a rede de conhecimentos entre os dois países, o que facilita o desenvolvimento de parcerias institucionais.

Para além de Catarina Azevedo, a edição deste ano das bolsas R&D@USA distinguiu também Henrique Diogo Silva, estudante do Programa Doutoral em Media Digitais da Faculdade de Engenharia da U.Porto (FEUP) e investigador no Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESCTEC)