(Notícia atualizada às 15h30 do dia 5 de março de 2020: Tendo em consideração as últimas orientações da U.Porto, que desaconselham a realização de eventos públicos nas suas instalações, este evento fica adiado para uma data posterior e a ser anunciada com a brevidade possível)

Um documentário que aborda o stress pos-traumático de um grupo de soldados norte-americanos retornados da Segunda Guerra Mundial, um filme sobre o resgate de artefactos africanos pelas potências coloniais e um outro sobre os conflitos raciais nos Estados Unidos no tempo de Martin Luther King… Estes são apenas alguns dos nove filmes “malditos” – cuja exibição foi proibida por diversos motivos- que vão ser exibidos, ao longo do mês de março, na Casa Comum da Reitoria da Universidade do Porto, no âmbito do ciclo “DOC ÍNDEX: Documentários Proibidos”.

Com curadoria do KINO-DOC, núcleo de cinema documental sediado em Lisboa, o ciclo é composto por quatro sessões abertas ao público, a decorrer todas as sextas-feiras de março, a partir das 21h30.

Em cartaz…

A primeira sessão na Casa Comum está marcada para 6 de março e vai apresentar três filmes centrados na África subsariana. São eles: Les statues meurent aussi (1953), de Alain Resnais, Chris Marker e Ghislain Cloquet; Catembe (1965), do português Faria de Almeida; e Idi Amin: a Self-Portrait (1974), de Barbet Schroeder.

A segunda sessão, a 13 de março, terá como tema os conflitos que afetaram a sociedade norte-americana no século passado. A “ilustrar” momentos históricos como a Segunda Grande Guerra, a luta pelos direitos civis da comunidade negra ou a guerra no Vietname, estarão os filmes: Let There Be Light (1946), de John Huston; Now (1965), de Santiago Álvarez e Le 17e parallèle: la guerre du peuple (1968), de Joris Ivens.

Um retrato dos soldados norte-americanos que participaram na 2.ª Guerra Mundial, Let There Be Light (1946), de John Huston, só viria a ser exibido quase 40 anos. (Foto: DR)

Uma semana depois, a 20 de março, a terceira sessão do ciclo propõe a exibição de dois documentários controversos de 1967 e que abordam a realidade das instituições psiquiátricas: Titicut Follies, de Frederick Wiseman, e Warrendale, de Allan King.

A fechar o “DOC ÍNDEX: Documentários Proibidos”, a última sessão (27 de março) faz-se com apenas um título. Trata-se de “Los Angeles Plays Itself” (2003), um “ensaio videográfico”  assinado pelo norte-americano Thom Andersen e focado na relação da “cidade dos anjos” com a indústria de Hollywood.

O programa completo pode ser consultado aqui.

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