Os arquitetos Eduardo Souto de Moura e João Mendes Ribeiro, investigador e antigo professor, e antigo estudante e professor da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP), respetivamente, venceram as duas categorias em competição na 19.ª edição do Prémio João de Almada, galardão atribuído bienalmente pela Câmara Municipal do Porto (CMP) aos melhores exemplos de reabilitação urbana que tenham sido concluídos na cidade nos últimos dois anos.

Na categoria ‘Edifícios Residenciais’ , o projeto distinguido foi a reabilitação de um edifício da Rua da Restauração (n.º 429), da autoria de Eduardo Souto de Moura.

Os jurados destacaram “o cuidado e rigor desta intervenção”, que considerou cumprir “com mérito os parâmetros de avaliação estabelecidos no programa de concurso, designadamente pela sensibilidade e coerência com que são interpretados e recuperados os valores patrimoniais em presença”.

Já a a recuperação da Casa São Roque, da autoria de João Mendes Ribeiro,  foi unanimemente considerada como a melhor intervenção na categoria ‘Edifícios Não Residenciais’.

Neste caso, o júri reconheceu na obra “um particular cuidado na recuperação de todos os valores patrimoniais e na interpretação das tipologias originais, cumprindo exemplarmente os critérios de apreciação arquitetónica previstos no programa de concurso”. Foi também valorizado “o esforço na recuperação de toda a envolvente ajardinada da casa”, reavivando a relação entre o interior e o exterior.

O júri desta edição do Prémio João de Almada , que recebeu 14 candidaturas, foi presidido pelo presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, e constituído pelos arquitetos Rodrigo Coelho, em representação da FAUP; Amândio Dias, representante da Direção Regional de Cultura do Norte; Gabriel Andrade, em representação da Ordem dos Arquitetos – Secção Regional Norte; Miguel Pinto, em representação da Direção Municipal de Urbanismo; Luís Aguiar Branco, representante do Departamento Municipal de Gestão Cultural; e Tiago Figueiredo (Figueiredo + Pena Arquitetos) e Nuno Graça Moura, vencedores da edição anterior do Prémio João de Almada, nas categorias Residencial e Não Residencial, respetivamente, e ainda pelo engenheiro Bento Machado Aires, representando a Ordem dos Engenheiros – Região Norte.

Sobre o Prémio João de Almada

Instituído em 1987, o Prémio João de Almada pretende incentivar e promover a recuperação de edifícios na cidade do Porto, atualmente em duas categorias: Edifícios Residenciais; Edifícios não Residenciais.

O prémio tem um valor pecuniário de 10 mil euros em cada categoria (‘Edifícios Residenciais’ e ‘Edifícios Não Residenciais’), correspondendo 7 mil euros ao arquiteto responsável pelo projeto vencedor e 3 mil euros ao proprietário da obra.

A próxima edição do Prémio João de Almada realizar-se-á em 2023, podendo apresentar-se a concurso as reabilitações concluídas até maio desse ano.

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