Paula Freitas, professora da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), é a nova presidente da direção da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM), cargo que irá exercer ao longo de três anos.

A eleição e a tomada de posse decorreram no passado dia 4 de fevereiro, à margem do Congresso Português de Endocrinologia 2024/75ª Reunião Anual da SPEDM, que teve lugar no Centro de Congressos do Algarve.

Em reação, Paula Freitas diz que “esta nova direção ficou muita satisfeita com a eleição e com muita vontade de trabalhar em equipa e com todos os sócios da SPEDM. Todos encaramos com espírito de missão a nossa tarefa de elevar a Endocrinologia nacional a um patamar mais elevado quer nacional, quer internacionalmente”.

Os objetivos da professora da FMUP, que sucede a João Jácome de Castro à frente da direção daquela sociedade científica, passam por “promover parcerias com sociedades científicas nacionais e internacionais” e por “estimular projetos cooperativos, reforçar o prestígio e a credibilidade da Endocrinologia portuguesa”.

Paula Freitas pretende também “promover a investigação” e “estimular a cooperação”, nomeadamente nas áreas da investigação básica, da investigação clínica e da epidemiologia”, bem como divulgar a especialidade junto dos médicos e do público em geral”.

A formação de internos, a colaboração com associações de doentes e o desenvolvimento do Registo Nacional de Doenças Endócrinas são igualmente apostas da direção a que preside.

De acordo com a professora da FMUP, o ensino e a investigação em Endocrinologia lançam hoje novos desafios, aos quais os especialistas terão de saber responder.

“A nível de ensino da Endocrinologia, temos de incluir o que de melhor a inteligência artificial nos pode dar e também outras metodologias do século XXI e não ficar agarrados aos métodos de ensino do século passado, mas sem nunca descurar o contacto médico-doente, já que o doente deve estar no centro”, afirma.

Quanto à investigação, “só teremos sucesso, se estabelecermos parcerias entre várias instituições nacionais e internacionais e se houver uma estratégia de investigação a longo prazo”.

Por outras palavras, “precisamos primeiro de refletir, priorizar, fazer o que ainda não foi feito ou está embrionário. Preferencialmente ter uma linha de investigação inovadora, em que vários intervenientes vão dando o seu contributo, como numa linha de montagem, e não fazer investigação “avulsa” ou “pontual”, que até pode ser interessante, mas que, no global, acrescenta muito pouco”.

Sobre Paula Freitas

Doutorada pela FMUP, Paula Freitas é professora auxiliar convidada desta Faculdade, onde é também docente responsável pelos cursos de educação contínua de Nutrição Clínica na Medicina Geral e Familiar, Nutrição Clínica na Medicina Geral e Familiar e Formação em Obesidade.

Como médica especialista em Endocrinologia, tem diferenciação nas áreas da obesidade mórbida e tratamento cirúrgico da obesidade. É assistente hospitalar e responsável pela coordenação da formação dos internos de Endocrinologia no Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ).