O IndieJúnior – Festival Internacional de Cinema Infantil e Juvenil está de regresso ao Porto. No ano em que se celebram os 50 anos da Revolução de Abril, o tema não poderia ser outro que não o da.. Liberdade, claro está! A Universidade Porto volta a associar-se ao evento através da atribuição do Prémio Impacto, da realização de oficinas e da exibição de filmes na Galeria da Biodiversidade – Centro Ciência Viva e Casa Comum.
Que lugar é este, o da democracia? Podemos saber quem somos e o que queremos sem recorrer à memória? Sem conhecer a nossa história? É neste sentido que o IndieJúnior quer lançar o debate. Dentro e fora da sala de cinema, para que se construa, com consciência, o lugar que queremos ocupar e o Abril no Portugal de hoje.
Revestido de uma forte vertente social, o Prémio Impacto U.Porto pretende distinguir trabalhos que desafiem convenções, ativem a imaginação, suscitem mudanças de perceção da realidade que nos rodeia e que promova a interligação entre todos. No valor de 1.000 euros, este prémio é também uma aposta em mensagens que inspirem a ação e demonstrem o quão somos todos responsáveis uns pelos outros.
Quanto ao cinema propriamente dito, é na Casa Comum que, no dia 25 de janeiro, às 11h00, iremos assistir ao filme-debate Verão 2000. Trata-se de conto íntimo e delicado através do qual iremos abordar questões de género e o tema do consentimento. Esta história (de uma personagem chamada Sarah) leva-nos até aquele ponto, no desenvolvimento humano, em que despertamos para o sentimento amoroso. Nesta história há, no entanto, um acontecimento que irá bloquear o mecanismo da curiosidade.
O filme será o ponto de partida para uma conversa sobre aquilo que são os comportamentos sociais esperados com base na identidade de género e sobre a definição de limites nas relações íntimas. Estarão sentados, à conversa, Paulo Pires do Vale, Comissário do Plano Nacional das Artes, Diana Alves, Psicóloga Clínica e docente da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da U.Porto (FPCEUP), o encenador Manuel Tur, e Irina Raimundo, Coordenadora do Festival IndieJúnior.
No campo das oficinas, há outros desafios para abraçar. Dias 25, às 10h00, e 27 de janeiro, às 14h00, a Galeria da Biodiversidade – Centro Ciência Viva apresenta uma proposta: Vamos escapar aos predadores, às perturbações que afetam o ambiente e criar uma melodia de sobrevivência? O filme, A sinfonia da biodiversidade irá colocar-nos perante um deslumbrante cenário natural onde um cardume de peixes percorre as águas, deslocando-se de forma sincronizada e assumindo configurações fantásticas. No entanto, esta harmonia é ameaçada quando gaivotas esfomeadas, em busca de alimento, o atacam. No meio deste turbilhão, um pequeno peixe vê-se aprisionado numa poça de maré, e assim se inicia uma jornada pela sobrevivência.
De quem participar na oficina, o que se espera? Que desempenhe o papel de um animal marinho e, acompanhado de um instrumento musical, que desenvolva uma Sinfonia da Biodiversidade marinha. Desta forma iremos todos refletir sobre a interdependência da vida e o equilíbrio dinâmico que existe entre ecossistemas.
A entrada nestas oficinas é gratuita, mediante inscrição prévia para o e-mail: [email protected].
O programa geral do festival pode ser consultado na página do IndieJúnior.