No dia 21 de dezembro, o Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto (MHNC-UP), o Planetário do Porto – Centro Ciência Viva e a Casa Comum da Universidade do Porto associam-se à grande festa da curta-metragem O Dia Mais Curto, promovida pela Agência da Curta Metragem.

Logo a partir das 17h00, o Planetário do Porto apresenta Curtinhas para Todos. Há filmes para fazer apertar o órgão vital (coração) e que, em simultâneo, prometem fazer soltar as mais sonoras gargalhadas. Desde a estranheza do inesperado até à impertinência das ocasiões, as razões são as mais variadas. Temos sete animações para toda a família. A entrada é livre, limitada à lotação do espaço.

Já a Galeria da Biodiversidade – Centro Ciência Viva propõe Curtas do Mundo (Prémio do Público Europeu). As “luzes do grande ecrã” acendem-se quando forem 18h30. Nesta sessão de curtas-metragens internacionais, com a duração de 67 minutos (M/12), serão apresentados filmes europeus que foram premiados pelo público dos grandes festivais de cinema que, este ano, competem para o prémio ESFAA – European Short Film Audience Award 2023.

Se não for agora, será quando? Esta curta do alemão Jens Roseman apresenta-nos um belo dia de verão. Um belo dia para? Dar o salto. Dar um grande salto de uma prancha de diz metros! Avança já? Ou primeiro é melhor tomar um banho… Ou… será melhor programar tudo e… Dar o salto amanhã?

BEŞ é uma produção dos Países Baixos. Ayla Çekin Satijn conta-os a história de uma jovem que regressa à sua terra natal para assistir ao casamento turco de uma amiga de infância. Se, por um lado, a nossa protagonista receia não ser bem aceite, por outro, com as suas amigas de infância, descobre que ela própria  também não está livre de preconceitos.

Do espanhol León Siminiani chega Arquitetura Emocional 1959. É uma história de amor entre Sebas e Andrea, estudantes universitários do primeiro ano. Qual será aqui o terceiro elemento que assume a função de entrave, capaz de muscular o drama? Não é um, mas dois: A classe social e a ideologia que, nesta trama, se tornam obstáculos intransponíveis. Neste filme, é à arquitetura que cabe o papel da emoção.

Tondex 2000, de Jean-Baptiste Leonetti é uma curta francesa que nos faz entrar no universo de Sylvain, que vive de pequenos delitos. A vida vai-se desenrolando até que este veterano afegão se cruza-se com Nathalie, uma CEO de classe alta que luta para manter sua empresa de cortadores de relva. O que acontece a seguir? A história é curta. Nada como vir até cá para saber.

A entrada é gratuita, mediante inscrição prévia ([email protected]), e limitada à lotação do espaço.

“Tondex 2000”, de Jean-Baptiste Leonetti, passa na Galeria da Biodiversidade ao final da tarde. (Foto: DR)

E a noite das curtas

A festa é “curta”, mas prolonga-se. As 21h30, a Casa Comum (à Reitoria) da U.Porto convida a assistir às Novas Curtas Portuguesas.

Do programa retiram-se diferentes reflexões sobre problemas transversais à sociedade atual. Sopa Fria, de Marta Monteiro, coloca-nos perante a história de uma mulher que foi vítima de violência doméstica. Com ela, iremos reviver os anos em que esteve casada e como conseguiu “manter-se à tona”.

A 2ª Pessoa, de Rita Barbosa coloca-nos perante um fungo que, para quem o vê, representa o futuro. A história começa com um cano velho de uma casa-de-banho que provoca uma infiltração num teto. É nesse teto que começam a crescer cogumelos. By Flávio, de Pedro Cabeleira, deixa-nos entrar na vida de Márcia, uma influencer digital que marca um encontro com um rapper famoso. Não tendo com quem deixar, leva o filho, Flávio, com ela.

Por fim, Falcão Nhaga é o autor de Mistida. Com uma mãe, que vai às compras, e o filho, que a ajuda a chegar a casa, fazemos a viagem de regresso ao lar, com todas as questões, desafios e fantasmas que os acompanham.

A entrada é livre, limitada à lotação da sala

O programa geral do d’Dia Mais Curto 2023 pode ser consultado na página do evento.