Chama-se Cinema na Casa e, até final do ano letivo, vai passar por várias faculdades da Universidade Porto. A sessão inaugural deste ciclo de cinema acontece no próximo dia 23 de novembro, às 18h30 na Casa Comum (à Reitoria) da U.Porto.
Aprofundar, mapear, dar um real “Sentido de lugar” à comunidade académica é o principal objetivo desta parceria entra a Casa Comum e as várias associações de estudantes.
Este diálogo entre os espaços da universidade e a própria comunidade académica através da cultura insere-se no projeto Sentido de Lugar, que decorrerá até julho de 2024. Ao longo de todo o ano letivo será desenvolvido um programa para incentivar os estudantes a explorarem diferentes práticas artísticas (oficinas de fotografia e de escrita), desafiando-os, também, a conhecerem melhor o espaço onde, todos os dias, apendem, estudam e convivem.
Uma vez por mês e até ao final do ano letivo, as sessões do Cinema na Casa irão percorrer as diferentes faculdades da U.Porto. A entrada é gratuita até ao limite da lotação do espaço.
À descoberta de Vivian Maier
A sessão de arranque do Cinema em Casa inclui a exibição do filme Finding Vivian Maier (2013), realizado por John Maloof e Charlie Siskel. Este documentário apresenta a vida e obra de uma ama norte-americana que se torna uma talentosa fotógrafa de rua do século XX.
Embora tenha nascido nos Estados Unidos, foi em França que Vivian Maier passou a maior parte da sua juventude. Quando regressou aos EUA, em 1951, passou a trabalhar como ama e cuidadora. Nos tempos livres, Maier começou a aventurar-se na arte da fotografia e durante cinco décadas fotografou constantemente. Deixou mais de 100.000 negativos, a maioria dos quais tirados em Chicago e Nova Iorque. As fotografias de Maier revelam também uma afinidade para com as franjas sociais mais desfavorecidas.
Nas viagens que fez, nomeadamente ao Canadá, América do Sul, Caraíbas, Europa, Médio Oriente e Ásia, não só viaja sozinha como gravitava em torno daqueles que lutam pela sobrevivência. Vivian Maier realizou ainda filmes caseiros, e outras gravações que funcionam, hoje, como um registo da vida americana da segunda metade do século XX.