O Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto e o Centro Hospitalar Universitário de Santo António (CHUdSA) apresentaram esta segunda-feira, dia 25 de setembro, o renovado Centro Académico Clínico (CAC ICBAS-CHP) numa sessão solene decorrida no Auditório Alexandre Moreira do CHUdSA.

O CAC ICBAS-CHP é um consórcio criado pela Portaria n.º 295/2015, de 18 de setembro, entre o Hospital e a Universidade do Porto, através do ICBAS. A sua missão passa pela concretização do avanço na investigação translacional e no desenvolvimento científico e melhoria do ensino médico, tendo em vista desenvolver competências diferenciadoras na dinamização da atividade assistencial.

Na sessão de abertura de boas vindas, a nova Presidente do Conselho Diretivo do CAC ICBAS.CHP, Ana Povo, abordou os objetivos principais do CAC ICBAS-CHP, bem como uma nova estrutura do CAC ICBAS-CHP, que se divide em várias áreas e onde ressaltou o laboratório de saúde digital, a gestão de projetos e inovação, e as linhas de investigação do CAC ICBAS-CHP, criando para isso um Gabinete de Apoio à Investigação, um Biobanco One Health e, ainda, o Gabinete de Educação Médica.

 

Nas palavras da docente e investigadora do ICBAS, “foi muito importante o apoio ao CAC ICBAS-CHP por parte do CHUdSA e do ICBAS na reforma estrutural aqui apresentada” já que existe pouca investigação nos hospitais e o objetivo é a “procura da excelência junto do crescente ensino médico” indo ao encontro dos três pilares: ensino e formação, investigação e atividade clínica e, para tal, “contarei com todos aqui presentes neste caminho”.

Já segundo o Diretor do ICBAS, Henrique Cyrne Carvalho, a forte adesão ao evento, quer pelo ICBAS, quer pelo CHUdSA, denota por si só “que vamos ter sucesso e isso se verá na avaliação futura do Centro Académico Clínico. (…) Juntos somos uma mais-valia”, notou o responsável, para quem “este virá a ser um Centro Académico Clínico de referência!”.

O Diretor do ICBAS, Henrique Cyrne Carvalho, será membro, por inerência, do Conselho Diretivo do CAC ICBAS-CHP. (Foto: DR)

Eurico Castro Alves, presidente do Conselho Diretivo do CAC entre 2015 e o início de 2023, referiu por sua vez que “ter acesso aos fundos disponíveis junto das faculdades é importante para que se possa contornar os processos burocráticos e tal vê-se na parceria com o ICBAS”. O atual Presidente da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos reforçou ainda que a nova diretora tem a capacidade necessária de liderança e desejou que “nunca se perca este casamento entre as Biomédicas e o CHUdSA”.

A fechar, Paulo Barbosa, Presidente do Conselho de Administração do CHUdSA, salientou que “há neste momento uma mudança de uma instituição que se quer renovar” e, como tal, que “se faça de forma harmoniosa em conjunto com o ICBAS”.

Na sessão esteve ainda presente Liliana Guerra, em representação da Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica – AICIB*, que reafirmou a continuação do apoio daquela entidade junto do CAC ICBAS-CHP.

Liliana Guerra, Henrique Cyrne de Carvalho, Paulo Barbosa, Ana Povo e Eurico Castro Alves ((da esq.ª para a dir.ª)) formaram a mesa da sessão de apresentação do CAC. (Foto: DR)

Parceria com o i3S

À margem da apresentação do Centro, foi também firmado um protocolo de colaboração entre o CAC ICBAS-CHP e o Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S).

Claudio Sunkel, diretor do i3S, destacou os projetos existentes entre o Instituto, o ICBAS e o CHUdSA e destacou a importância desta parceria num contexto em que “é preciso capacitar-se para poder fazer investigação”.

O também professor catedrático do Departamento de Biologia Molecular do ICBAS e diretor dos programas doutorais em Biologia Molecular e Celular e em Biologia Básica e Aplicada lembrou ainda que o futuro na saúde será personalizado. O que significa “ir da molécula para o paciente e vice-versa” no sentido de provocar um “impacto na saúde do doente”, uma vez que cada vez mais se consegue identificar melhor as diferentes patologias.

*A AICIB foi criada como meio efetivo de promoção e desenvolvimento da investigação clínica em Portugal dado que vem promover, de forma inovadora, o apoio à investigação de translação e à investigação clínica, preconizando tanto o financiamento por entidades do setor público como do setor privado.