Nascido há 19 anos em Castelões (Penafiel), uma terra que lhe diz muito, David Couto de Sousa confessa que a sua opção pela Universidade do Porto adveio muito da “possibilidade de poder continuar a ir a casa com regularidade”. Mas se a localização foi um dos pontos essenciais na decisão, David não deixa de destacar o valor da “muito prestigiada Faculdade de Economia (FEP)”, aquela que é hoje a sua casa.

Os primeiros meses foram “algo desafiantes”, e a adaptação custou “sobretudo pelo menor contacto” com a família. Contudo, o estudante da licenciatura em Economia da FEP destaca o impacto  que esta nova fase da sua vida teve em si, e afirma que os desafios o dotaram de “ ferramentas” para a  “vida futura”.

“É fácil sentirmo-nos perdidos e desanimados por vezes. Este prémio é, sobretudo, uma boa surpresa para adoçar a experiência dura que por vezes é a faculdade”, destaca o jovem de 19 anos, que, com uma média de 18,4 valores, figura entre os 20 estudantes da U.Porto distinguidos com o Prémio Incentivo 2023.

– O que te motivou a escolher a U.Porto? 

A localização foi, sem sombra de dúvidas, um dos elementos fulcrais para a escolha da Universidade do Porto. A possibilidade de poder continuar a ir a casa com regularidade é muito importante para mim, que mantenho uma forte ligação à família e aos amigos. Para além disso, sendo de Penafiel, uma terra com fortes ligações à cidade do Porto, sempre foi, desde muito cedo, um sonho seguir as pegadas da família e vir estudar para a mui nobre invicta e, em especial, para a muito prestigiada Faculdade de Economia da UP. 

– O que gostaste mais no primeiro ano na Universidade?

 No meu caso, os primeiros meses de faculdade foram algo desafiantes. Continuando a viver em casa, precisava de dispensar algum tempo de viagem todos os dias o que, associado a uma nova exigência académica, elevou significativamente os meus níveis de cansaço. Porém, esta mudança no nível de exigência foi um dos meus maiores gostos no primeiro ano de faculdade. No segundo semestre, quando me mudei para o Porto, a adaptação foi desafiante, sobretudo pelo menor contacto com a minha família. Apesar de difícil, a mudança para uma vida nova, com mais liberdade, mas sobretudo com mais responsabilidade, dotou-me de mais ferramentas para a minha vida futura. 

– O que gostavas de ver melhorado na Universidade? 

Na minha opinião, poderia existir uma maior interconexão entre faculdades, sobretudo ao nível da licenciatura, por duas razões em especial. Em primeiro lugar, muitos dos alunos ainda não têm, ao longo do 1.º ciclo, a área de estudos totalmente escolhida, podendo beneficiar dessa proximidade. Em segundo lugar, sobretudo no âmbito das ciências sociais, os fenômenos apenas podem ser compreendidos com uma forte base dada por todas as disciplinas em simultâneo. Para além disso, numa perspectiva externa, deveria existir uma ainda maior ligação aos alunos do ensino secundário, para que os estudantes se sintam em casa desde o primeiro dia enquanto universitários.

 – Qual a importância do Prémio Incentivo para ti?

 Em primeiro lugar, é de uma honra indescritível receber um prémio da Universidade do Porto, pelo qual estou eternamente agradecido. Para além disso, quando estamos numa faculdade em que a exigência é muito grande e muitos dos nossos colegas têm já uma ideia de futuro traçada, é fácil sentirmo-nos perdidos e desanimados por vezes. Este prémio é, sobretudo, uma boa surpresa para adoçar a experiência dura que por vezes é a faculdade.

 – Como vês o teu futuro daqui a 10 anos?

 O meu futuro é, para mim, ainda muito incerto. Na verdade, a vida encontrava-se bastante planeada até à entrada na faculdade, mas a partir da conclusão da licenciatura, apenas consigo vislumbrar uma névoa bastante cerrada, tanto a nível académico como a nível profissional. Porém, uma certeza tenho: seja em Portugal ou no estrangeiro, no público ou no privado, vejome claramente rodeado da família e dos amigos de sempre.

– Se tivesses de descrever a tua experiência na U.Porto numa palavra, qual seria?

Exigência.