Como começar uma horta? Que flores posso plantar em casa? Esta são algumas das perguntas que, por estes dias, mais têm sido feitas a Rosa Moreira, antiga estudante do Mestrado em Engenharia Agronómica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), e autora de uma página na Internet dedicada à agricultura. Em tempos de pandemia, a Cientista Agrícola, que está online há dois anos, tem sido muito procurada por quem decidiu começar a produzir os próprios alimentos. 

“A minha página começa a atrair muitas pessoas que não são da área e que têm uma horta ou um pequeno terreno agrícola”, conta a alumna da FCUP. “As pessoas têm-me pedido muitas dicas e, uma vez por semana, publico vídeos também a pensar no público em geral”.

Atualmente, a página conta já com cerca de 200 mil visualizações por mês, a que se juntam os mais de 80 mil seguidores no Facebook.. Mas tudo começou com a produção de conteúdos para um público “mais profissional”, de empresários e agricultores, que procuram o conhecimento científico desta antiga estudante da FCUP.

“Este blogue surgiu como um projeto pessoal e junta duas paixões que tenho: a escrita e as ciências ambientais e agrárias. Por isso decidi criar esta página com o nome “Cientista Agrícola”, onde produzo conteúdos sobre estas áreas que me fascinam”, explica Rosa Moreira.

Rosa Moreira é licenciada em Ciências e Tecnologia do Ambiente e mestre em Engenharia Agronómica pela FCUP. (Foto: DR)

Filha de peixe…

Natural de Vila do Conde e filha de agricultores, Rosa Moreira sempre teve interesse pela área do ambiente e agronomia. Começou o seu percurso na FCUP com a licenciatura em Ciências e Tecnologia do Ambiente. Seguiu-se o Mestrado em Engenharia Agronómica, que terminou com uma dissertação sobre a produção de soja em Portugal. 

“Recebo muitos contactos de pessoas a perguntar-me qual é o meu curso e onde fiz a minha formação, pois há um maior interesse nesta área”, nota a alumna da FCUP, que admite receber vários contactos estudantes da área das ciências agrárias, que mostram interesse em escrever artigos para a “Cientista Agrícola”.

A trabalhar atualmente para o Instituto Nacional de Estatística, Rosa tem conseguido conciliar o trabalho com a produção de conteúdos para o blogue, à qual dedica quatro a cinco horas por dia. Nos planos da jovem está também o regresso à Universidade, para fazer o doutoramento.

Há cerca de meio ano, Rosa Moreira iniciou também um projeto de comunicação agrícola, através de um serviço de criação de conteúdos agrícolas para empresas do setor.